George Marshall teve influência direta sobre a economia global no período pós-guerra. Através do Plano Marshall, o general ajudou na recuperação da economia europeia nos anos seguintes à Segunda Guerra Mundial.
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As experiências na guerra possibilitaram Marshall de prever o quão devastador poderia ser o resultado de tantos conflitos também no âmbito econômico dos países.
Anos antes ele já estava planejando como poderia ser a recuperação econômica que veio a ser conhecida como Plano Marshall, um programa de ajuda oferecido pelos Estados Unidos aos países europeus devastados pela Guerra.
O intuito era controlar a inflação e reavivar suas economias e estabilidade social.
Uma corrente econômica importante para o Plano Marshall foi o Keynesianismo, de John Keynes, uma vez que a ideia da intervenção do Estado na economia é muito divergente.
Mesmo assim, os bons resultados do Plano Marshall servem de exemplo de ação governamental coordenada em várias partes do mundo.
Inclusive para lidar com a crise do novo coronavírus, onde os incentivos do governo vêm sendo defendidos.
Conheça mais da trajetória do general George Marshall e de seu programa histórico de recuperação econômica.
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Quem foi George Marshall?
George Marshall (1880 - 1959) foi um general estadunidense, combatente na Primeira Guerra Mundial e na Segunda Guerra Mundial e grande responsável pelo Plano Marshall, de reconstrução da Europa devastada após a guerra.
Vida e carreira
George Catlett Marshall, Jr. nasceu em 31 de dezembro de 1880, na cidade de Uniontown, no estado norte-americano da Pensilvânia.
Durante a Primeira Guerra Mundial, era responsável por desenvolver e treinar soldados.
Atuou também nas operações francesas no combate contra a Alemanha.
Em 1918 passou para o quartel-geral do exército, onde coordenou a operação do plano que derrotaria o exército nazista ocidental chamado de Ofensiva Meuse-Argonne.
Em 1934 foi promovido a coronel e depois a general em 1936.
Em 1939 Franklin Delano Roosevelt nomeou-o Chefe do Estado-Maior do Exército, cargo que desempenhou até 1945.
Sua participação na Segunda Guerra Mundial foi ainda mais evidente.
Marshall coordenou toda a estrutura da força aérea estadunidense e desenhou a estratégia central de todas as operações aliadas na Europa.
Após o fim da Segunda Guerra Mundial, foi enviado à China para negociar uma trégua e construir um governo de coligação entre os nacionalistas e os comunistas, mas sua mediação não teve efeito.
Em 1947 voltou para os Estados Unidos e foi nomeado Secretário de Estado, dando início ao plano de recuperação europeia, conhecido como Plano Marshall, que ajudou economicamente 16 países europeus aliados.
Esse plano impulsionaria a economia e ideologia política dos Estados Unidos no mundo.
Em 1953 foi premiado com o Nobel da Paz pela iniciativa do Plano Marshall.
George Marshall faleceu no dia 16 de outubro de 1959, em Washington, DC.
O Plano Marshall
Plano Marshall, oficialmente chamado de Programa de Recuperação Europeu (European Recovery Program - ERP), foi uma iniciativa estadunidense para recuperação de países europeus atingidos pela Segunda Guerra Mundial.
Devastado pela guerra, o continente europeu estava sofrendo com danos à estrutura civil, grande número de mortos e feridos e um enorme colapso econômico.
Naquele momento, a única potência ocidental que não havia sido destruída pela Segunda Guerra eram os Estados Unidos.
Em 1947, o Departamento de Estado dos Estados Unidos, sob comando do Secretário de Estado George Marshall, anunciou o Programa de Recuperação, destinando mais de US$ 12 bilhões para a reconstrução dos países da Europa.
O Plano Marshall fazia parte da chamada Doutrina Truman, nome dado à política externa dos Estados Unidos.
Na visão de Marshall, a recuperação das economias poderia conter avanços comunistas na região.
Embora as batalhas físicas já tivessem acabado, o mundo se encontrava em um disputa de ideologias políticas e econômicas, onde Estados Unidos e União Soviética (URSS) competiam por qual sistema econômico predominaria no mundo pós-guerra.
O Plano Marshall possuía um propósito muito maior, regado a uma série de interesses particulares.
O principal objetivo era combater o avanço do comunismo soviético, fazendo com que a grande maioria dos países europeus aderissem ao capitalismo.
O Plano Marshall também renderia uma outra vantagem importante aos EUA, a de espalhar e consolidar o dólar como grande base monetária da economia mundial.
Isso também garantiu um maior acesso aos EUA nos mercados europeus.
O Plano Marshall se estendeu até 1951, coincidindo com anos de crescimento econômico acelerado dos países europeus, com a renda per capita dos países contemplados 10% maior do que o nível anterior à Segunda Guerra Mundial.
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