Em mais um ano pessimista para a classe de renda variável de forma geral, a maioria dos fundos imobiliários acompanhou as quedas na bolsa e fechou 2021 no negativo.

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 A dinâmica de juros e inflação em alta, no entanto, ajudou a impulsionar os chamados "fundos de papel", que carregam em sua carteira recebíveis imobiliários. 

Os fundos desse subsegmento se destacaram por mais um ano e "seguraram" o resultado do Ifix, que mede o resultado médio do mercado, no período.

Não fosse pela pegada de renda fixa que esses fundos carregam, uma vez que investem em títulos imobiliários indexados ao CDI, índice que acompanha a taxa básica de juros, ou aos indicadores inflacionários, como o IPCA e o IGP-M, as perdas anotadas pelo Ifix teriam sido bem maiores do que o recuo de 2,29% no ano passado.

Isso porque, do outro lado, os fundos de tijolo, aqueles constituídos por imóveis físicos, ainda sentem os efeitos da crise econômica provocada pela pandemia, bem como pela prorrogação das medidas de distanciamento social.

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É o que mostra um levantamento feito pela plataforma 2INVESTE com a Quantum Finance, que elaborou um ranking do retorno dos fundos imobiliários listados no Ifix em 2021.

Por falta de dados para a realização do cálculo, a amostra excluiu  os fundos BLMR11, BTAL11, GALG11, KISU11 e VSLH11, que iniciaram as negociações ao longo do ano passado.

Dos 10 fundos imobiliários que entregaram maior retorno em 2021, oito são de recebíveis imobiliários, que apresentam uma característica mais defensiva em momentos de incerteza por acompanhar a aceleração da inflação e o aumento da taxa de juros.

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Confira os destaques do ranking de fundos mais rentáveis: Por outro lado, na ponta negativa, entre os 10 fundos imobiliários que tiveram pior desempenho no período estão aqueles que se enquadram nos setores de lajes corporativas e fundos de fundos (FoFs), que diversificam a carteira investindo em vários fundos imobiliários de diferentes segmentos. 

Vale ressaltar que o fundo da XP que apresentou o pior resultado disparado no ano passado, o XP Corporate Macaé (XPCM11), sofre desde 2019, quando a Petrobras, única locatária da laje corporativa de propriedade da carteira, manifestou a intenção de descontinuar suas operações no edifício, localizado em Macaé, no Rio de Janeiro.

Em dezembro de 2020, a companhia deixou o prédio.

Na época, o interesse da estatal foi baseado em uma decisão exclusivamente estratégica para reduzir custos.

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Desde então, o imóvel está vazio e a administradora do fundo, a Rio Bravo, em conjunto com a gestora, a XP, seguem em busca de um novo inquilino.

E, enquanto não encontram interessados, a vacância prolongada derruba a performance do fundo na bolsa

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Fonte: Valor Econômico.