O que é fundo referenciado?

Fundo referenciado é um tipo de fundo de investimentos cujo objetivo é obter um retorno igual a uma taxa de referência (benchmark).

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Para ser classificado como um fundo referenciado, o fundo deve ter 95% da carteira composto por ativos que acompanhem o benchmark definido no regulamento.  

Esse tipo de fundo é parecido com os fundos índices. Porém, a diferença fundamental é que os fundos referenciados somente podem trabalhar com títulos de renda fixa públicos ou privados.

Já os fundos índices, como os ETFs (Exchange Traded Fund), podem utilizar ativos de renda variável, como o BOVA11, que visa replicar o Ibovespa.

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Como funciona um fundo referenciado?

Os fundos referenciados aplicam os recursos dos cotistas na formação de uma carteira de investimentos que apenas replica um índice específico, determinado pela regra do fundo.

Um fundo referenciado funciona como qualquer outro tipo de fundo de investimento. 

O dinheiro aplicado dos investidores são somados em um conjunto único e administrado por um gestor, que decidirá, com base no índice de referência, quais ativos serão comprados. 

Os fundos referenciados seguem as normas de funcionamento da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), que é o órgão que fiscaliza o mercado financeiro e de capitais do Brasil.

Como já dito, esses fundos devem aplicar 95% dos recursos em títulos que seguem o índice de referência, sendo o CDI o indicador mais utilizado.

O fundo referenciado também deve aplicar, no mínimo, 80% do patrimônio líquido em títulos Tesouro e/ou títulos de renda fixa considerados de baixo risco pelo administrador e gestor do fundo em questão.

Cada fundo apresenta ainda uma regulamentação própria, com regras definidas quanto à sua forma de operação.

As regras do fundo devem constar os objetivos a serem perseguidos, como o índice de referência, os tipos de ativos que deverão compor a carteira, e os custos cobrados para os participantes.

Esse tipo de fundo é uma aplicação conservadora, de baixo risco e alta liquidez. 

Com isso, os resgates em fundos referenciados podem ser diários. Por sua característica de alta disponibilidade, esses fundos são chamados de “Fundo Caixa”.

Os fundos referenciados são fáceis de serem identificados pelo investidor. Como regra, esse tipo de fundo deve conter em seu nome a expressão “Referenciado”, junto com o índice de referência.

Taxas de referência

As taxas de referência mais utilizadas nos fundos referenciados são a taxa CDI e a taxa Selic

A taxa Selic é um índice muito utilizado no Brasil pelo qual as taxas de juros cobradas pelo mercado financeiro se balizam. 

Por isso a Selic é chamada de “taxa básica” da economia, é definida pela política monetária e determinada pelo Banco Central através de operações de mercado aberto.

Já a taxa de CDI é a média diária das taxas de juros praticadas em negociações entre bancos. O CDI é calculado pela CETIP e é utilizado para avaliar a rentabilidade de outras aplicações.

Geralmente, o CDI acompanha o valor da Selic, havendo uma pequena diferença entre os dois.

Estrutura do fundo referenciado

Os fundos referenciados devem também apresentar uma estrutura administrativa profissional e transparente, contando com os seguintes serviços:

  1. Gestor: quem decide a estratégia e as ações a serem compradas e vendidas;
  2. Custodiante: quem faz a guarda dos ativos do fundo (esse trabalho normalmente é feito por grandes bancos);
  3. Distribuidor: quem vende as cotas do fundo para os investidores no mercado. Geralmente são bancos e corretoras de valores;
  4. Auditor externo: quem verifica se as informações do fundo apresentadas aos contidas estão corretas;
  5. Administrador: quem é responsável pelo trabalho administrativo e burocrático para que o fundo funcione corretamente.

Para quem servem os fundos referenciados?

Os fundos referenciados servem como ótima opção para investimento para aqueles investidores considerados conservadores.

Ou seja, aqueles que possuem baixa aversão a riscos e volatilidades do mercado financeiro.

Isso porque os fundos referenciados investem em ativos de renda fixa de baixo risco, embora entreguem também uma baixa remuneração, em relação às possibilidades da renda variável.

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