O que é um fundo?

Fundo é um montante de dinheiro levantado e alocado para uma finalidade específica. 

Carteira Recomendada? Faça um Diagnóstico Online e Receba uma Carteira Gratuita.

Um fundo pode ser estabelecido para atender a várias finalidades diferentes, como:

  • um governo municipal reservando dinheiro para construir um bem público para gerar algum benefício para a cidade;
  • uma faculdade reservando dinheiro para conceder bolsas de estudos à estudantes superdotados de baixa renda;
  • uma seguradora reservando dinheiro para pagar os sinistros de seus clientes;
  • uma gestora que levantou dinheiro de um conjunto de investidores para aplicar em ações da bolsa de valores.

Vejamos a seguir como funcionam os fundos e quais os seus tipos.

Ficou na Dúvida Sobre Investimentos? Baixe Grátis o Dicionário do Investidor.

Como funcionam os fundos?

Indivíduos, empresas e governos usam fundos para reservar dinheiro que serão utilizados em algum momento para a realização de alguma atividade específica.

Os indivíduos podem estabelecer um fundo de emergência para lidar com eventos imprevistos, como a demissão de um emprego, o pagamento de uma cirurgia, o roubo de um celular, etc..

Neste caso, é importante que o fundo seja feito com aplicação em ativos líquidos e seguros, ou seja, que possam ser resgatados em qualquer momento, sem risco de perdas.

As aplicações mais indicadas para fundos de emergência são a poupança ou títulos com liquidez diária com remuneração pós-fixada, como o Tesouro Selic.

Já em casos de fundos que sejam usados para uma data pré estabelecida, em um futuro distante, outras modalidades de aplicações podem ser mais interessantes.

Fundos de previdência, por exemplo, podem conter uma parte das aplicações em ativos de renda variável, como ações, fundos imobiliários, derivativos, etc.

Por outro lado, há fundos que não apresentam data para terminar, como a maioria dos fundos de investimentos.

No geral, os investidores individuais e institucionais buscam colocar dinheiro em diferentes tipos de fundos com o objetivo de conseguirem uma melhor gestão para seus patrimônios.

Tipos de fundos

Vejamos alguns dos tipos de fundos mais conhecidos.

Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) 

O FGTS é um fundo criado com o objetivo de proteger o trabalhador que for demitido sem justa causa. 

O FGTS é constituído mediante a abertura de uma conta na Caixa Econômica Federal, vinculada ao contrato de trabalho.

Nesta conta os empregadores devem depositar todo mês um valor referente à uma parte do salário do empregado.

Esse dinheiro formará um fundo que poderá ser usado pelo trabalhador nas seguintes ocasiões:

  • Demissão sem justa causa;
  • Aposentadoria;
  • Compra de casa própria;
  • Fechamento da empresa empregadora;
  • Término do contrato de trabalho de um trabalhador temporário;
  • Rescisão de contrato por comum acordo entre empregador e trabalhador (neste caso, é possível sacar somente 80% do saldo da conta vinculada);
  • Falta de atividade remunerada para trabalhador avulso por 90 dias ou mais;
  • Ter idade igual ou superior a 70 anos;
  • Doenças graves (como Aids ou câncer) do trabalhador, esposa(o) ou filho, ou em caso de estágio terminal de qualquer doença.

Fundos de investimentos de renda fixa

Os fundos de renda fixa são boas opções para investidores que queiram diversificar suas carteiras de títulos de renda fixa.

Por via de regra, os fundos de renda fixa devem ser compostos por, no mínimo, 80% de ativos de renda fixa, como:

Seus ativos são ligados a indicadores como a Taxa Selic e inflação (IPCA), e ainda há subtipos como:

Naturalmente, esses são os tipos de fundos de investimentos com menor risco e volatilidade do mercado e fazem parte da parcela mais conservadora e líquida da carteira.

Fundos de ações

Os fundos de ações são constituídos para realizarem investimentos em renda variável, devendo ser composto por, no mínimo, de 67% dos recursos em ações ou ativos relacionados, como ETFs ou BDRs.

No geral, podemos separar os fundos de ações em três grupos principais:

  1. Fundos de valor/crescimento: buscam retorno por meio da seleção de empresas com valor subavaliado na bolsa e alto potencial de valorização.
  2. Fundos de dividendos: investem em ações com bom histórico de dividend yield (renda gerada por dividendos).
  3. Fundos Small Caps: investem, no mínimo, 85% do patrimônio em Small Caps (ações de empresas menores com grande potencial de crescimento).

Os fundos de ações são mais arriscados que os de renda fixa, mas são excelentes alternativas para quem quer começar a investir na bolsa.

Isso porque os fundos de ações permitem o acesso a um portfólio diversificado, são geridos por gestores profissionais e ainda facilitam o recolhimento de IR.

Fundos multimercado

Os fundos multimercado investem em ativos dos mais variados mercados, ou seja, de países diferentes.

Esses fundos podem possuir diferentes combinações e porcentagens de aplicações em renda fixa e variável, promovendo maior diversificação. 

Além disso, os fundos de multimercado podem investir em todos os tipos de ativos, como renda fixa, câmbio e ações, por exemplo.

Por serem tão versáteis, possuem inúmeros subtipos voltados a todos os perfis de investidor e de estratégia. 

Fundos imobiliários

Os fundos imobiliários (FII) são fundos compostos para a compra de imóveis. 

Geralmente os FIIs são voltados para a compra de imóveis de grande porte, como shoppings, prédios de lajes corporativas e galpões logísticos.

Estes imóveis são muito difíceis de serem comprados ou construídos por pessoas individuais. Por isso a importância da criação de um fundo para investir nesse tipo de ativo.

Os FIIs são constituídos por cotas que são negociáveis no mercado secundário, ou seja, na bolsa de valores.

Quem compra FIIs pode ganhar tanto na valorização da cota quanto através do recebimento mensal dos dividendos, que são os aluguéis pagos pelos inquilinos.

Fundos de previdência privada

Os fundos de previdência privada são voltados para a construção de patrimônio e formação de renda para a aposentadoria, como alternativa ao sistema público de previdência. 

Estes fundos se destacam dos demais tipos de fundos de investimentos pelas vantagens tributárias e funcionamento diferenciado.

Diferentemente de outros fundos do mercado, a previdência privada oferece os seguintes benefícios fiscais:

  • Não possui come-cotas (recolhimento antecipado do IR);
  • Permite o abatimento das contribuições até o limite de 12% da base de cálculo do IR (para planos PGBL);
  • Oferece a opção exclusiva de tributação pela tabela regressiva, que reduz as alíquotas do IR conforme o tempo de aplicação (após 10 anos, o investidor paga apenas 10%).

Os fundos de previdência privada são divididos em duas fases:

  • fase de acumulação, na qual são realizados os aportes;
  • fase de usufruto, na qual o investidor escolhe como prefere receber os recursos acumulados, podendo ser feito na forma de renda vitalícia ou resgate total do valor acumulado. 

Caso queira entender mais sobre fundos de investimentos, temos um artigo completo sobre o assunto bem aqui.