O fundador e presidente da Evergrande, Hui Ka Yan, tem "levantando dinheiro pessoalmente" para a empresa. 

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Estima-se que ele já usou cerca de 7 bilhões de yuans (US$ 1,1 bilhão) em ativos pessoais para manter a empresa em funcionamento, de acordo com o China Business News.

A mídia chinesa, no entanto, não especificou quais ativos pessoais Hui vendeu ou penhorou.

De acordo com a Reuters, Hui prometeu várias propriedades de luxo em Hong Kong e vendeu artes de sua coleção para arrecadar fundos.

O dinheiro injetado foi usado para “manter as operações básicas de seu enorme império empresarial”, relatou o jornal.

A quantia tem sido usada para pagar salários de funcionários e pagamentos de juros sobre alguns títulos e dinheiro devido a investidores em seu produto patrimonial. 

O dinheiro também foi usado para finalizar projetos imobiliários em toda a China.

A Evergrande já disse ter vendido dois dos jatos privados da empresa por mais de US$ 50 milhões no mês passado. 

Na quinta-feira, disse que estava vendendo toda a sua participação na produtora de filmes e transmissão de televisão HengTen Network por 2,13 bilhões de dólares de Hong Kong, ou US $ 273,5 milhões.

Na semana passada, a Evergrande vendeu a fabricante holandesa de motores elétricos e-Traction por 2 milhões de euros, ou US$ 2,27 milhões, um desconto de 97% sobre o preço de compra.

As especulações sobre o papel de Hui Ka Yan em manter a empresa funcionando aumentaram depois que a Bloomberg informou no final do mês passado, citando fontes anônimas, que as autoridades chinesas disseram ao presidente da Evergrande para usar parte de sua riqueza pessoal para ajudar a pagar os detentores de títulos.

Como a Evergrande deve US$ 300 bilhões, Hui não pode fazer muito, já que a sua riqueza pessoal está avaliada em cerca de US$ 7,9 bilhões, de acordo com o Índice Bloomberg Billionaires.

Mesmo assim, o esforço ainda pode contar para alguma coisa.

"Ele precisa mostrar que está usando pelo menos alguns bens pessoais para saldar algumas dívidas", disse Zhiwu Chen, diretor do instituto de pesquisas Asia Global Institute à Bloomberg.

"Ele precisa mostrar muita boa vontade para evitar consequências mais sérias", acrescentou Chen.

Com US$ 300 bilhões em passivos, a gigante imobiliária é a incorporadora mais endividada do mundo. 

Até agora, a empresa tem evitado o calote pagando os títulos vencidos na última hora, antes que os períodos de carência expirassem.

O próximo prazo para pagamento está se aproximando. O período de carência de 30 dias expira em 29 de novembro, de acordo com a Eikon Refinitiv.

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