O que é o Fórum Econômico Mundial?

O Fórum Econômico Mundial é um evento que envolve os principais líderes políticos, empresariais, culturais e outros ramos da sociedade para discutir e organizar as agendas políticas globais.

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O Fórum foi criado em 1971, como uma fundação sem fins lucrativos, e está sediado em Genebra, na Suíça. 

O objetivo do Fórum Econômico Mundial é ser uma organização independente, imparcial e sem vínculo a interesses especiais.

A organização visa discutir os principais problemas mundiais de cada época, abrangendo questões econômicas, ambientais, saúde, conflitos políticos, entre outras coisas mais.

Um dos principais valores defendidos pelo Fórum é a integridade moral e intelectual. 

Realizada todos os anos na estação de esqui alpina de Davos, a conferência coloca os líderes empresariais na mesma sala que os principais participantes da política, filantropia e academia.

Muitos aproveitam a oportunidade deste encontro para realizar reuniões privadas sobre negócios e investimentos em seus países, como também para influenciar a agenda política global. 

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Quem participa do Fórum Econômico Mundial?

O Fórum Econômico Mundial (WEF, sigla para World Economic Forum) normalmente atrai cerca de 3.000 pessoas em sua conferência. Destas, cerca de um terço é do setor empresarial. 

O evento é gratuito, entretanto, para participar a pessoa deve ser convidada, ou ser um membro do WEF, o que pode custar uma quantia elevada, cerca de £480.000 (R$3.741.961,44, na cotação atual).

Geralmente, participam do WEF líderes mundiais, figuras-chave da ONU (Organização das Nações Unidas) e da UE (União Européia) e chefes de grandes empresas, como Coca-Cola, Goldman Sachs e IBM.

Além destes, há também convidados regulares, como o financista bilionário George Soros, o ex-primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, o chefe do Facebook, Mark Zuckerberg, e o cantor do U2, Bono.

Críticas ao Fórum Econômico Mundial

Uma das principais críticas que o Fórum Econômico Mundial enfrenta é o de ser um evento elitista, abrangendo alguns dos principais culpados pelas crises econômicas e políticas do mundo. 

O editor geral da revista Time, Anand Giridharadas, descreveu Davos como "uma reunião de família para as pessoas que quebraram o mundo moderno", fazendo referência à crise financeira  de 2008.

Além disso, mesmo entre os participantes, nem todos têm o mesmo nível de acesso, pois são usados emblemas coloridos para determinar quem poderá ter contato com quem.

Os convidados mais importantes recebem um crachá branco com um holograma, dando-lhes acesso a todos os lugares. 

No outro extremo da escala, um emblema de "hotel" significa que você não pode entrar no centro de conferências.

Por fim, há outras observações que denotam o nível diferenciado do encontro.

A localização chique da conferência, os helicópteros particulares voando para dentro e para fora e a variedade de festas suntuosas deixam claro que este é um evento exclusivo.

Apesar disso, a conferência do WEF não é blindada dos atos de atores externos, visto que frequentemente, o encontro se torna alvo de protestos, realizados em Davos e nas principais cidades suíças.

Um exemplo são as ativistas ucranianas do grupo Femen, que protestaram contra o domínio masculino da economia mundial.

Outro caso foi o movimento Occupy Wall Street, que em 2012 fez campanha contra a desigualdade econômica, tendo construído iglus para abrigar 50 manifestantes na véspera do evento.

Conquistas do Fórum Econômico Mundial

O Fórum Econômico Mundial não é marcado apenas pelas críticas e hipocrisias dos líderes mundiais. Há também conquistas reais.

Muitas empresas usam o evento para firmar compromissos importantes em questões como sustentabilidade e defesa da diversidade.

Já no campo político, em 1988 as reuniões entre os primeiros-ministros Turgut Özal, da Turquia, e Andreas Papandreou, da Grécia, permitiram a melhoria das relações entre os países que estavam à beira de uma guerra.

Outro avanço importante ocorreu em 2000, quando a Aliança Global para Vacinas e Imunização (GAVI) usou o evento para lançar programas de imunização para milhões de crianças contra várias doenças.