Desde o início da pandemia, os 2.200 bilionários do mundo ficaram, juntos, US$ 1,9 trilhão mais ricos em 2020, de acordo com estimativa da Forbes.
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A maior parte da população mundial sofre com desemprego e uma crise econômica de uma magnitude nunca vista desde a Grande Depressão desencadeada pelo novo coronavírus.
Outra parte da população encontra vantagens financeiras e lucram bastante nesse caos todo.
As pessoas mais ricas do mundo tiveram ganhos astronômicos em 2020.
Segundo a revista Forbes, estima-se que os mais de 2.200 bilionários do mundo ficaram, juntos, US$ 1,9 trilhão mais ricos esse ano.
Assim, o seleto grupo acumula uma fortuna de cerca de US$ 11,4 trilhões, um aumento de 20% em relação à riqueza coletiva de US$ 9,5 trilhões em 31 de dezembro de 2019.
Os mais ricos cada vez mais ricos
O recordista de ganhos em 2020 foi o bilionário Elon Musk, que viu sua fortuna saltar 414% de março a novembro deste ano.
Com isso seu patrimônio chega a aproximadamente US$ 139 bilhões, tornando-o a terceira pessoa mais rica do mundo.
O aumento veio da disparada das ações da Tesla Motors (TSLA34) que aumentaram espantosos 630%.
A pessoa mais rica do mundo, Jeff Bezos, foi a segunda em melhor desempenho. Bezos viu sua fortuna crescer US$ 67,5 bilhões em 2020 graças ao aumento das ações da Amazon (AMZO34).
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Países onde os bilionários mais ganharam
Mesmo com o ano sensacional dos bilionários norte-americanos, o grupo de bilionários chineses foi o que registrou o maior aumento da fortuna em 2020.
País | Soma fortuna dos bilionários | Ganhos em 2020 |
China | US$ 2 trilhões | US$ 750 bilhões |
Estados Unidos | US$ 4 trilhões | US$ 560 bilhões |
França | US$ 500 bilhões | US$ 95 bilhões |
Índia | US$ 480 bilhões | US$ 75 bilhões |
Hong Kong | US$ 380 bilhões | US$ 60 bilhões |
Alemanha | US$ 580 bilhões | US$ 55 bilhões |
Japão | US$ 200 bilhões | US$ 55 bilhões |
Singapura | US$ 140 bilhões | US$ 45 bilhões |
Austrália | US$ 160 bilhões | US$ 35 bilhões |
Suécia | US$ 170 bilhões | US$ 30 bilhões |
Fonte: Forbes
A China, mesmo sendo o primeiro epicentro da pandemia, impôs regras pesadas de isolamento já no início do surto de Covid-19, se recuperou de forma surpreendente.
O índice CSI 300, que acompanha as 300 maiores empresas chinesas, subiu 19% neste ano. Fato este que ajudou os bilionários chineses a adicionarem, juntos, US$ 750 bilhões a seus patrimônios líquidos.
Ao todo, os 400 mais ricos da China acumulam cerca de US$ 2 trilhões.
Sem incluir os 67 bilionários de Hong Kong, cujas fortunas aumentaram em US$ 60 bilhões coletivamente, chegando ao total de US$ 380 bilhões.
Dentre os chineses mais ricos temos Zhong Shanshan, fundador da empresa de água mineral Nongfu Spring.
O IPO da empresa em setembro elevou sua fortuna de US$ 2 bilhões no início do ano, para US$ 62,5 bilhões.
Outro grande ganhador da China em 2020 foi Colin Zheng Huang, presidente do site de comércio eletrônico Pinduoduo, que registrou aumento de US$ 32,4 bilhões neste ano para US$ 52 bilhões.
O cofundador do Alibaba Group, Jack Ma, também viu sua fortuna se valorizar em 2020 mesmo após o cancelamento pelo governo chinês do IPO planejado do Ant Group.
Jack Ma, o homem mais rico da China, teve seu patrimônio aumentado de US$ 18,9 bilhões para US$ 61,7 bilhões.
Em segundo da lista vêm os mais de 600 bilionários americanos que acumulam fortuna de US$ 4 trilhões, um ganho de US$ 560 bilhões desde o início do ano.
Esse resultado foi impulsionado pelo desempenho dos mercados de ações.
Apesar da influência da Covid em março, a Nasdaq registra um aumento de 38% e o S&P 500 subiu 13% neste ano.
O terceiro maior ganho em dólar foi registrado pelos bilionários franceses.
Os 40 super-ricos do país possuem, coletivamente, US$ 500 bilhões, US$ 95 bilhões a mais do que há um ano.
Porém, apenas dois grandes nomes são responsáveis por mais da metade desse aumento: o empresário das grifes de luxo, Bernard Arnault e a herdeira da L’Oreal, Françoise Bettencourt Meyers.
As ações da LVMH, grupo de Arnault, detentor de marcas como Louis Vuitton, Hennessy, Bulgari e Christian Dior subiram 30%.
Já as ações da L’Oreal aumentaram 25%, adicionando US$ 14 bilhões à fortuna de Françoise, filha da fundadora da L’Oreal, Liliane Bettencourt.
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Bilionários mais pobres
Nem todos os bilionários do mundo ficaram mais ricos.
Os 50 bilionários brasileiros perderam um total de US$ 13 bilhões.
Muito disso se deu pelo enfraquecimento do Real em relação ao dólar americano.
Na Tailândia, onde o índice SET caiu cerca de 7% e os 30 bilionários do país registraram baixa de US$ 6 bilhões no patrimônio total.
Novos bilionários
Mesmo em um ano difícil, novos bilionários surgiram.
Na lista da Forbes dos 400 norte-americanos mais ricos, dezoito novos nomes apareceram, incluindo Alice Schwartz, da Bio-Rad, empresa que produz os testes de diagnóstico de Covid-19, e Eric Yuan, do aplicativo Zoom.
Entre os novos bilionários também estão o empresário e piloto norte-americano, Jared Isaacman, da Shift4 Payments e o ator, diretor, roteirista e produtor de Hollywood Tyler Perry.
No Brasil, a lista de bilionários brasileiros da Forbes bateu um novo recorde de novos nomes com 33 novos bilionários.
O destaque fica para os acionistas da indústria de motores WEG (WEGE3), com 10 novos bilionários no ranking da Forbes de 2020.
O mais bem colocado dos novos bilionários brasileiros é Alexandre Behring, cofundador da 3G Capital ao lado de Jorge Paulo Lemann, Marcel Herrmann Telles e Carlos Alberto Sicupira, como o 6º mais rico do país.
Na 9ª posição do ranking de bilionários brasileiros está outro estreante, Ilson Mateus, presidente e principal acionista do Grupo Mateus (GMAT3).
A corrida pela vacina contra a Covid-19 também fez seus primeiros bilionários.
Em abril, o francês Stéphane Bancel, CEO da empresa de biotecnologia Moderna Therapeutics, se tornou bilionário com a subida das ações da empresa.
Recentemente o médico alemão Uğur Şahin, fundador da BioNTech, ingressou na lista das 500 pessoas mais ricas do planeta após sua empresa desenvolver junto com a Pfizer, um imunizante contra a doença.
Com a valorização das ações da BioNTech, a fortuna pessoal de Şahin alcançou US$ 5,2 bilhões.