A Fitch Ratings atribuiu na última sexta-feira (22), o Rating Nacional de Longo Prazo 'AA(bra)' à proposta de 11ª emissão de debêntures da Sanepar (SAPR11), da espécie quirografária, no montante de até R$ 500 milhões e com vencimento em 2031.

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A Fitch classificou a Sanepar com o Rating Nacional de Longo Prazo 'AA(bra)', Perspectiva Estável. Os recursos da proposta de emissão serão destinados ao complemento do plano de investimentos da companhia.

A classificação da Sanepar se apoia no baixo risco de suas operações no setor de saneamento básico brasileiro e em seus sólidos perfis de negócios e financeiro, caracterizados por baixa alavancagem e saudável posição de liquidez.

A empresa se beneficia da posição quase monopolista na prestação de serviços de fornecimento de água tratada e de coleta e tratamento de esgoto em sua área de atuação, que compreende parte do Estado do Paraná e um município de Santa Catarina.

Sua geração de caixa operacional se favorece de resiliência e previsibilidade da demanda maiores que as de outros setores da economia em cenários macroeconômicos adversos.

A Sanepar apresenta baixa exposição às mudanças regulatórias introduzidas com a aprovação da Lei 14.026, em julho de 2020.

O risco político está presente, devido ao controle público da companhia, com possíveis alterações na administração e em sua estratégia de negócios.

Recentes decisões, pelo regulador local, referentes à postergação feedback do aumento tarifário já reconhecido impõem maiores incertezas sobre os próximos reajustes de tarifas.

A continuidade de uma política tarifária que penalize a geração de caixa da Sanepar será considerada pela Fitch como aumento do risco político não incorporado e deverá pressionar os ratings da companhia.

O perfil de crédito da Sanepar se beneficia do baixo risco da prestação de serviços de saneamento básico em sua área de atuação, em linha com o que ocorre com outras duas importantes empresas do setor, a Sabesp (SBSP3) e a Copasa (CSMG3), ambas avaliadas com o Rating Nacional de Longo Prazo ‘AA(bra)’, Perspectiva Estável.

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As três companhias apresentam risco político, decorrente do controle público. A Sabesp possui maior escala de negócios, o que favorece sua margem de EBITDA, historicamente superior à das outras duas empresas, apesar da expectativa de ampliação das margens da Sanepar a partir de 2021 para um patamar acima deste.

As três empresas estão expostas ao risco regulatório, que pode se diferenciar, dada a natureza de regulador estadual. A Fitch considera o ambiente regulatório da Sabesp mais avançado que o de seus pares.

A Sanepar, a Sabesp e a Copasa possuem riscos de negócio baixos e índices de alavancagem financeira reduzidos, devido ao ambiente de negócios resiliente e à ausência de uma estratégia de desembolsos com aquisições. Também apresentam comprovado acesso ao mercado de dívida.

Resultado da Sanepar no Terceiro Trimestre de 2020

O resultado da Sanepar (SAPR11) no terceiro trimestre de 2020 (3t20), divulgado no dia 13 de novembro, apresentou um lucro líquido de R$ 164,6 milhões, baixa de -32,4% em relação ao mesmo período do ano anterior.

O Ebitda da Sanepar atingiu R$ 392,2 milhões no 3t20, apresentando retração de 20,0% na comparação com o 3t19.

A margem Ebitda da Sanepar totalizou 33,6% no 3t20, apresentando retração de -7,4 ponto percentual na comparação com o 3t19. 

A Margem líquida da Sanepar atingiu 14,1% no 3t20, apresentando retração de 6,4 ponto percentual na comparação com o 3t19.

As ações da Sanepar (SAPR11) acumulam queda de 8,75% na bolsa de valores nos últimos 7 dias e queda de 36,86% nos últimos 12 meses.

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Fonte: Fitch Ratings.