Após o Nubank (NUBR33) conquistar mais de 50 milhões de clientes, fintechs do exterior abriram os olhos para o Brasil.
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É o caso de dois gigantes europeus que têm o País na mira e devem começar a atuar aqui nos próximos meses: Revolut e N26.
Serão as primeiras grandes fintechs de fora a disputar o mercado com as startups brasileiras.
A Revolut é a maior delas, avaliada em US$ 33 bilhões e com mais de 15 milhões de clientes em 35 países.
Fundada no Reino Unido, a empresa anunciou sua chegada ao Brasil a partir do 2.º semestre. No mesmo período, a alemã N26 também deve iniciar suas operações.
Será a segunda tentativa da empresa, avaliada hoje em US$ 9 bilhões, de entrar no mercado brasileiro - ela "ameaçou" chegar ao País em 2019, mas acabou desistindo em 2020, diante da pandemia de covid-19.
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O movimento não é incomum para a empresa, que se retirou recentemente dos EUA. Tanto a Revolut quanto a N26 vão atuar no Brasil, inicialmente, como fintechs de crédito.
Sendo assim, podem oferecer conta de pagamentos, cartão de crédito e financiamentos com recursos próprios. Com o tempo, planejam ampliar o escopo de serviços - e não descartam aquisições.
O foco inicial, porém, é no crescimento com recursos próprios, obtidos com fundos de capital de risco.
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Segundo dados da plataforma de informações financeiras Crunchbase, elas já captaram US$ 1,7 bilhão cada.
Porém, o valor ainda é menos da metade dos US$ 3,9 bilhões recebidos pelo Nubank durante a fase anterior à abertura de capital.
As fintechs gringas chegam ao País em um momento delicado para o Nubank, que abriu capital em dezembro.
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Passado o sucesso do IPO, que levou a empresa a ser brevemente o maior banco da América Latina, hoje o neobanco é negociado a menos da metade do pico de valorização na Bolsa.
Além do Nubank, Revolut e N26 terão muita competição no mercado brasileiro, como o Banco Inter (BIDI11), C6 Bank, Neon e Original.
A competição também vem dos grandes bancos, com o iti, do Itaú (ITUB4), e o Next, do Bradesco (BBDC4), além da conta digital do BTG Pactual (BPAC11).
"Vimos muitas startups nascendo no Brasil indo para o exterior. Essas empresas fazem o caminho contrário, e chegam com grande faturamento e muita tecnologia. São pesos-pesados que dependem menos do momento do País, enquanto a taxa de juros mais alta afeta a capitalização das empresas brasileiras", diz Arthur Igreja, especialista em inovação e professor convidado da FGV.
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