O que são Finanças Comportamentais?

Quando tentamos entender a tomada de decisões financeiras de alguém, isto é chamado de finanças comportamentais. Esse conceito analisa as escolhas financeiras individuais ou coletivas, considerando seus:

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De forma geral, as finanças comportamentais propõem que influências sofridas por um indivíduo afetam o seu comportamento financeiro. Seja como um investidor ou de maneira profissional e pessoal.

Existem diversos ângulos de análise utilizados dentro dessa área de estudos. Mas, em todos eles, o objetivo em comum é entender o porquê de certas escolhas financeiras serem tomadas.

Bem como, a forma como essas escolhas afetam o mercado, pois entende-se que quem participa financeiramente de alguma ação possui uma racionalidade completa.

Os impactos das finanças comportamentais podem inclusive gerar anomalias no mercado financeiro. Assim, interferindo especialmente em situações que podem causar:

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Como as finanças comportamentais surgiram?

Os estudos das finanças comportamentais surgiram através de estudos psicológicos. Esses que tentavam entender questões econômicas, dando assim, origem a esse conceito de grande importância.

Através deles é possível analisar o porquê de algumas atitudes financeiras serem contraditórias e auto sabotadoras. Tal como, porque os aspectos emocionais influenciam tanto as finanças.

Economia e psicologia são dois campos de estudos que desde o início do século XX se encontram. Mas, apenas recentemente na década de 70, sua junção passou a ser apoiada.

Graças às diversas pesquisas realizadas por grandes cientistas relacionadas ao comportamento financeiro. Com isso, o behaviorismo (estudo comportamental) já bastante avançado, passou a englobar as finanças de uma vez por todas.

Como Funcionam as Finanças Comportamentais?

A maneira como as finanças comportamentais funcionam está intrinsecamente ligada à formação de padrões cerebrais na mente humana. O que envolve uma série de influências, vivências, etc.

Um dos temas mais estudados por este conceito, são os chamados equívocos lógicos. Ou seja, são todos os erros financeiros cometidos, mas que possuímos dificuldades de enxergar no cotidiano.

De modo mais simples, os equívocos lógicos explicam como o cérebro consegue enganar a si mesmo. Esses padrões mentais foram mapeados e classificados em dois grupos, sendo eles:

  1. Vieses comportamentais: representam os padrões e crenças que baseiam julgamentos errôneos;
  2. Heurísticas: representam os atalhos e estruturas desenvolvidos pela mente humana para tornar o processo de tomada de decisões mais rápido no dia a dia.

Normalmente, ambos são utilizados juntamente pela mente, comportando-se de forma complementar. Enquanto o primeiro afeta nossa visão de mundo, o segundo afeta diretamente as nossas escolhas.

Quais são os Conceitos das Finanças Comportamentais?

Se tratando de finanças comportamentais, que são tão influenciadas por vieses emocionais e cognitivos, diversos são os conceitos existentes. Mas, abaixo apresentaremos 5 deles para você entender melhor como funcionam:

  1. Comportamento de ancoragem: é a ideia de se fixar uma âncora (preço de referência)  mesmo sem nenhum fundamento lógico, o que muitas vezes leva investidores a esperar o “empate” de suas ações;
  2. Comportamento de manada: este conceito afirma que as pessoas tendem a imitar o comportamento financeiro da maioria que acreditamos estar certa, ou seja, do senso comum;
  3. Contabilidade mental: é um viés cognitivo que influencia a forma como cada pessoa percebe resultados econômicos e determinados valores, influenciando a forma como eles serão utilizados em um fim especial;
  4. Lacuna emocional: baseia-se na tomada de decisão a partir das emoções ou tensões emocionais, sendo os principais motivos pelos quais as escolhas racionais não são tomadas pelo indivíduo;
  5. Auto atribuição: se refere a tendência de escolher algo confiando no seu próprio conhecimento ou habilidade, ao colocar “achismos” acima dos conhecimentos de terceiros ou de evidências científicas.

Por fim, tudo que explica o motivo pelo qual muita das vezes a racionalidade acaba sendo deixada de lado quando o assunto é investimento é mostrado nas finanças comportamentais.

Somente após o indivíduo conhecer e entender esses vieses, é que ele conseguirá corrigir seu comportamento. De modo a obter um raciocínio mais assertivo, aumentando suas chances de sucesso.