O que é Estímulo Monetário?

O estímulo monetário é uma medida econômica adotada pelo Banco Central de uma nação com o objetivo de incentivar seu crescimento. Seja por motivos de estagnação ou crises econômicas.

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É uma forma do poder público intervir a favor da retomada do desenvolvimento financeiro no país. Uma das formas de se fazer isso, é reduzindo a taxa básica de juros.

No Brasil, por exemplo, ela é conhecida como taxa Selic. Ao fazer isso, o Banco Central estimula empresas e a população tanto a investir quanto a gastar mais, movimentando os mercados.

Através da dinâmica que ocorre entre consumo e produção, ou seja, na oferta e demanda. Isso leva ao reaquecimento econômico e, consequentemente, estimula seu crescimento também. 

Existem ainda outras medidas que o Banco Central pode adotar junto à redução da taxa básica de juros. Sua escolha será determinada pelo cenário em que o país se encontra.

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Relação entre estímulo monetário e estímulo fiscal

Tanto o estímulo monetário quanto aquele de cunho fiscal, possuem um mesmo objetivo que é incentivar o crescimento econômico. Ambos costumam ser aplicados em períodos de:

Mas, apesar de terem finalidades iguais, suas aplicações são diferentes. Isso porque o estímulo fiscal é uma medida de responsabilidade governamental em instâncias municipal, estadual e federal.

Além disso, seu incentivo é focado na carga tributária e utiliza apenas 2 instrumentos. Ou seja, o governo só consegue aumentar seus gastos ou reduzir os tributos de pessoas físicas e jurídicas.

No primeiro caso, sua intenção é repor a demanda privada em queda, ao aumentar sua própria demanda. Já no segundo, estimular a economia suavizando taxas e impostos durante a crise.

De modo que a população e empresas fiquem propensas a gastar mesmo em um cenário desfavorecido. 

Enquanto isso, o estímulo monetário é um incentivo de responsabilidade do Banco Central que conta com diversos instrumentos e que pode intervir na:

  • Taxa básica de juros;
  • Oferta da moeda.

Como Funciona o Estímulo Monetário na Prática?

Na prática, o estímulo monetário é uma medida de intervenção do poder público com foco em resgatar a economia no curto prazo, para controlar os impactos da estagnação ou recessão.

Ou seja, é o Estado usar seu poder para interferir no que acontece nos mercados naquele momento. Ao invés de esperar que o mesmo recupere seu equilíbrio normalmente.

Todo setor da economia costuma ter sua oferta e demanda reajustada com o tempo. O problema é que enquanto isso não acontece, alguns impactos podem levar ao:

  • Aumento no desemprego;
  • Redução da renda.

Uma vez que crises e a estagnação geram uma tendência de corte de gastos nas empresas. Da mesma forma que para a população, torna-se necessário uma redução do consumo.

Para evitar que esses impactos desacelerem cada vez mais a economia do país, o Banco Central pode agir. Apesar de isso ter impactos positivos, também existem os riscos.

Se o estímulo monetário for feito de forma prolongada ou mal administrado pode causar uma elevação descontrolada da inflação. Mas, existem medidas para controlar esse risco.

Em geral, o Banco Central não realiza um único e considerável corte na taxa Selic. A medida aplicada são cortes pequenos e graduais, possibilitando o acompanhamento e previsão dos impactos

Assim, o poder público consegue estimular a economia de forma controlada. Sendo possível aplicar reajustes mais realísticos que beneficiem a todos a curto e longo prazo. 

Mas é claro que entre os economistas e investidores essa ação, mesmo controlada, gera controvérsias. Isso porque adeptos de uma visão liberalista não defendem a intervenção do Estado.

Pois, segundo eles, o mercado é capaz de se equilibrar novamente sozinho com o tempo. Além disso, acredita-se também que são esses períodos que tornam o mercado mais forte.

Do outro lado, aqueles que seguem a visão do keynesianismo, defendem a medida. Para eles o Estado deve intervir quando necessário, a fim de garantir uma recuperação adequada na economia.

Quais são as Medidas Adotadas no Estímulo Monetário?

Realizar cortes na taxa básica de juros, a Selic, não é o único instrumento com o qual o estímulo monetário conta. O Banco Central pode adotar ainda medidas como:

  • Redução das exigências de reservas bancárias: permitindo que instituições financeiras mantenham reservas menores do que é exigido em cenários economicamente mais estáveis, levando a maior disponibilização de crédito no mercado;
  • Compra de títulos e valores mobiliários: conceder fundos à compra desses ativos regula a demanda no mercado financeiro durantes crises, quando investidores focam menos em aplicar e mais em poupar seu capital;
  • Concessão de crédito: programas que facilitam o acesso a créditos é uma forma direta de injetar dinheiro na economia, de forma que empresas e consumidores possam investir e realizar compras.