GLOSSARIO
Estagflação
O que é Estagflação. Veja como funciona a Estagflação e quais as possíveis soluções para estagnação econômica.
O que é Estagflação?
Estagflação é o termo que indica quando um país passa por um período de lento crescimento econômico. Ao mesmo tempo que, juntamente à inflação, ocorre um aumento crescente nos preços.
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O período combina a ocorrência da inflação e da estagnação na economia. Logo, a nação passa por uma recessão atípica, marcada ainda pelo declínio no PIB (Produto Interno Bruto).
Considerada um fenômeno macroeconômico, mesmo com os preços subindo a demanda de mercado não se torna maior que a oferta. Pois, o cenário é marcado pela estagnação da produção econômica.
Isso porque a estagflação tende a ser o resultado do endividamento no período econômico anterior. Nele instituições financeiras facilitam a concessão de linhas de crédito focando no crescimento econômico.
Em teoria, as empresas injetariam capital para seu desenvolvimento, gerando ainda, mais empregos. Mas, o efeito causado pela oferta de crédito acima do limite é o aumento da base monetária.
Com a desvalorização da moeda, o governo eleva a taxa de juros a fim de controlar a inflação. Pessoas físicas e jurídicas agora endividadas, tentam refinanciar suas dívidas na estagflação.
Só que as linhas de crédito se tornam escassas e as taxas de juros elevadas. Levando a falência ou redução das atividades empresariais e a ocorrência de outros dois fatores:
- Queda na demanda por produtos e serviços por parte da população;
- Aumento elevado na taxa de desemprego.
Portanto, a estagnação econômica também tem como causa as políticas cambiais ineficazes, políticas fiscais de gastos elevados e uma política monetária fortemente expansionista.
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Como Funciona a Estagflação?
Na prática, a estagflação surge da tentativa que o governo tem de estimular o crescimento econômico do país através de uma oferta de crédito com:
- Facilidade em sua obtenção;
- Taxas de juros baixas.
Se por um lado isso pode trazer benefícios à população e as empresas, por outro lado existem os riscos. Caso bem sucedida, a estratégia leva ao aquecimento do mercado produtor.
O que move o desenvolvimento de diversos setores, gerando inclusive mais empregos. Mas, por outro lado, esse fornecimento excessivo de crédito pode impulsionar a inflação, normalmente já em alta.
Como forma de impedir que os riscos se tornem cada vez maiores, o estado novamente intervém. Por meio do aumento na taxa de juros para equilibrar o:
- Aumento causado na base econômica;
- Desvalorização da moeda.
O conceito de estagflação surgiu em 1960, durante uma recessão atípica no Reino Unido. Até então, economistas não acreditavam que tal fenômeno fosse possível.
Isso porque os preços tendem a aumentar no mercado quando a demanda se torna maior que a oferta. Contudo, na estagnação econômica os preços continuam subindo mesmo com a redução da demanda.
Uma das causas por trás disso é a elevação no valor das matérias-primas. Consequentemente, fazendo com que o produto final torne-se mais caro às empresas e população agora endividadas.
Esse fenômeno foi responsável ainda pela criação do Índice de Miséria (Misery Index), pelo economista Arthur Okun. Responsável por somar as taxas de desemprego e da inflação no país.
Seu resultado indica como o cidadão médio está se saindo economicamente devido aos impactos da estagflação. Mas não deve ser confundido com Índice de Pobreza que analisa outro aspecto socioeconômico.
Como se Resolve o Problema da Estagflação?
O problema da estagflação está muito relacionada ao keynesianismo, uma teoria que defende a intervenção e controle governamental na economia. Mas, a oferta de crédito traz grandes riscos.
Como vimos, uma demanda agregada mal aplicada prejudica a economia indo contra sua intenção inicial. O dilema do Estado encontra-se no equilíbrio entre a aplicação de políticas monetárias e fiscais:
- Contracionistas: redução de custos e retirada da moeda do mercado ao controlar a taxa de redescontos e a Selic (taxa básica de juros);
- Expansionistas: aumento da moeda em circulação no mercado e dos gastos governamentais.
Além disso, o cunho da política monetária não precisa ser o mesmo da fiscal. Tudo depende do que é mais estratégico e assertivo para a economia do país naquele momento.
Em casos de estagflação, a resposta mais esperada do governo é a adoção de medidas contracionistas. Na qual os juros tendem a aumentar como forma de controlar a inflação.
Mas, a redução de gastos governamentais deve ser aplicada quando a origem do fenômeno for por déficit fiscal. Ambos os casos levam a períodos difíceis e de aumento no desemprego.
Além da adoção de uma política monetária restritiva, ações para elevar a produtividade econômica também entram em foco. Pois, a retomada do crescimento é fundamental para o país sair da recessão.
No entanto, uma coisa certa é que a solução para a estagnação econômica costuma demorar.
Pois, o fenômeno costuma se originar após anos de uma gestão ineficaz do Estado.
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