A Eneva (ENEV3) planeja construir dois hubs de gás natural no Brasil, um em São Luiz, Maranhão, e outro em Macaé, no Rio de Janeiro, este último localizado no Terminal Portuário de Macaé (Tepor), em parceria com o grupo Vale Azul, disse o diretor de Novos Negócios e Comercialização da empresa, Marcelo Lopes.
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Em Macaé, a previsão é fazer um polo de armazenagem, processamento e distribuição de gás natural produzido nas bacias de Campos e Santos.
"A Eneva vem buscando cobertura nacional no acesso ao gás, e a criação dos hubs é uma peça-chave nessa estratégia.
É a entrada da Eneva na malha integrada", afirmou Lopes durante o Eneva Investor Day.
A escolha de Macaé, explicou o executivo, se deve às perspectivas do aumento da produção de gás natural no País, que pode atingir 100 milhões de metros cúbicos por dia nos próximos anos.
Mesmo assim, a ideia é construir um terminal de regaseificação de Gás Natural Liquefeito )GNL) no porto, para suprir a necessidade de flexibilidade que o gás nacional não tem.
"Se a produção de óleo cai, a produção de gás cai, essa intermitência é o que justifica a importação de GNL, que se consolidou como uma fonte flexível para as termelétricas", informou Lopes.
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O projeto envolve ainda a comercialização de combustíveis líquidos, diante do aumento que também está previsto para a produção brasileira, que tornará o Brasil um grande exportador de petróleo do pré-sal, disse o executivo.
Já no hub de São Luiz está prevista a construção de um gasoduto de 300 quilômetros ligando a capital até o complexo do Parnaíba, onde a Eneva produz diariamente 8 milhões de metros cúbicos diários de gás natural para gerar 2 gigawatts de energia elétrica.
O investimento é estimado em R$ 2 bilhões.
O gasoduto poderia ser utilizado tanto para o gás convencional como para escoar o gás não convencional, se a Eneva tiver sucesso na campanha que será iniciada este ano, ou mesmo fazer o caminho inverso com GNL quando a empresa não tiver gás suficiente para atender suas térmicas na bacia do Parnaíba.
O hub do Maranhão, estado onde a Eneva tem sua principal operação, será no porto de Itaqui e tem como uma das motivações as térmicas que serão construídas em capitais que ainda não possuem acesso ao gás, como São Luiz.
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Também foi justificado pela empresa como um dos últimos estados do País que tem consumo relevante de óleo combustível e vai precisar fazer conversão para combustíveis menos poluentes, como o gás natural.
Sem citar valores para os projetos, Lopes informou que no porto deverá ser construído mais um terminal de gaseificação, e possivelmente uma termelétrica.
Segundo ele, se a chegada do gás em São Luiz se viabilizar, outros mercados podem se desenvolver, como conversão de indústrias e Gás Natural Veicular (GNV), por exemplo.
Resultado da Eneva no Terceiro Trimestre de 2021
O resultado da Eneva (ENEV3) no terceiro trimestre de 2021 (3t21), divulgado no dia 03 de novembro, apresentou um lucro líquido de R$ 362,6 milhões no 3T21, uma alta de 552,7% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.
O Ebitda da Eneva atingiu R$ 547,4 milhões no 3T21, apresentando crescimento de 97,5% na comparação com o 3T20.
A margem Ebitda da Eneva totalizou 35,8% no 3T21, apresentando crescimento de 13,5 pontos percentuais na comparação com o 3T20.
A margem líquida da Eneva atingiu 23,7% no 3T21, apresentando crescimento de 13,8 pontos percentuais na comparação com o 3T20.
As ações da Eneva (ENEV3) acumulam alta de 0,30% na bolsa de valores nos últimos 7 dias e queda de 27,78% nos últimos 12 meses.
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