Algumas pessoas me consideram sonhador ao perceberem que o objetivo médio anual de retorno da carteira do Joias da Bolsa é de 18%.
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Confesso que já me desgastei demais argumentando e apresentando o racional por trás desse número.
Aprendi na vida que o tempo é o carimbo da verdade.
Ele é capaz de provar quem está certo e quem está errado.
A estratégia da carteira do Joias vai um pouco além de se inspirar somente no Value Investing de Warren Buffett.
Ela também possui um pouco mais da mecânica de investimentos de Benjamin Graham se propõe e por fim se utiliza de artifícios da análise de Peter Lynch.
Com toda humildade, sigo os passos de quem já se deu muito bem.
A fusão dessas 3 escolas de investimentos, acabou criando um jeito próprio de investir, que é a minha caça às assimetrias do Joias da Bolsa.
Hoje quero explicar o motivo de Lynch ser tão relevante quanto o próprio Buffett.
Para você ter ideia da genialidade de Lynch, o fundo gerido por ele obteve um retorno médio de 29,2% entre 1977 a 1990.
Os 18% pretendidos no Joias perderam a graça…
Ele transformou US$ 18 milhões em US$ 14 bilhões.
A visão de Lynch sobre as empresas é uma mistura de avaliação técnica e qualitativa.
Uma das teses de investimentos mais bem sucedidas de Lynch, surgiu quando ele conversava com sua esposa.
Ela havia dito animada o quanto ela gostava da meia-calça L'eggs, um novo produto que recentemente havia utilizado.
O comentário chamou a atenção de Lynch que após analisar as perspectivas da empresa, comprou a Hanes Company, empresa que produzia a meia-calça.
No longo do tempo as ações da Hanes se multiplicaram por 30 vezes.
A visão diferenciada de Lynch, bem como o entendimento que a tomada de decisão não deve ser exclusivamente baseada em uma planilha, e isso serve de inspiração para a carteira do Joias.
Como disse Lynch de maneira irreparável:
"Se economistas profissionais não podem predizer economias e analistas profissionais não podem prever mercados, então que chances tem um investidor amador?”, reflete.
“Eu não acredito na previsão de mercado. Eu acredito em adquirir ações de grandes empresas - especialmente daqueles que estão subavaliadas".
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É impossível prever acontecimentos futuros em meio a tantas variáveis, por outro lado é possível identificar se uma empresa está descontada.
Por que diabos deveríamos escolher o caminho da previsão?
Sempre opte pelo que é fato.
Mas confesso que o ensinamento que o Joias mais se apropriou do Lynch, refere-se a encontrar as TenBagger.
Essas ações ganharam esse nome pois geraram um retorno de dez vezes o valor do investimento inicial.
São as famosas Small Caps.
A grande riqueza de Lynch foi construída principalmente com esse tipo de ação.
Ele tinha a clara consciência que uma grande empresa tende a crescer de forma mais lenta do que uma pequena empresa.
Normalmente, uma grande empresa não pode crescer muito além da média da economia como um todo.
Quando os investidores investem seu dinheiro em uma grande empresa, há poucas chances de o investimento crescer exponencialmente.
Ele associava 3 fatores importantes para uma compra potencial:
- A empresa deve ser pequena;
- Negociar a preços baratos;
- Estar inserida em um ambiente operacional e econômico favorável para o crescimento.
Dentro da carteira do Joias estão incluídas algumas possíveis Tenbaggers, fomos muito seletivos nessa seleção.
As ações da carteira são organizadas em uma ordem de ranking, onde são consideradas algumas variáveis de risco e potencial.
As ações correspondentes às posições 4, 8, 10, 11 e 14 do ranking são as que possuem essas características e consequentemente são as possíveis candidatas à coroa de Tenbagger.
Em respeito aos assinantes não vou revelar quais são essas ações.
Recomendo que tenha esse tipo de empresas na sua carteira, assim como temos no Joias da Bolsa.
Essas ações poderão fazer toda a diferença no futuro.
