Elon Musk acusou o Twitter (TWTR34) de “resistir e frustrar” seu direito a informações sobre contas falsas na plataforma, chamando-o de “clara violação material” dos termos de seu acordo de fusão em uma carta à empresa na segunda-feira, informou a CNBC.
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“Sr Musk se reserva todos os direitos resultantes, incluindo o direito de não consumar a transação e o direito de rescindir o contrato de fusão”, diz a carta, assinada por seu advogado.
Musk escreveu no Twitter no mês passado que sua compra de US$ 44 bilhões da empresa não avançaria até que ele tivesse mais informações sobre o número de contas falsas no serviço.
Alguns analistas interpretaram o movimento como uma tática de negociação por um preço mais baixo.
Ele disse que sua equipe faria uma amostragem aleatória para calcular o número de contas falsas, mas o CEO do Twitter explicou mais tarde que informações não públicas seriam necessárias para obter uma contagem precisa.
Executivos do Twitter disseram aos funcionários que “não existe isso” de suspender o acordo como Musk afirmou, mas o fim do período de espera acabou nesta sexta-feira (3).
Na carta de segunda-feira, o advogado de Musk escreveu que o acordo de fusão exige que o Twitter forneça os dados solicitados e contestou a alegação da empresa de que ela só é obrigada a fornecer informações com o objetivo limitado de ajudar a fechar a transação.
“Pelo contrário, Musk tem o direito de buscar, e o Twitter é obrigado a fornecer informações e dados para, entre outros, ‘qualquer propósito comercial razoável relacionado à consumação da transação’”, diz a carta.
“Neste momento, Musk acredita que o Twitter está se recusando de forma transparente a cumprir suas obrigações sob o acordo de fusão, o que está causando mais suspeitas de que a empresa está retendo os dados solicitados devido à preocupação com o que a própria análise de Musk desses dados irá descobrir”, continua.
De acordo com a carta, Musk concordaria em garantir que qualquer pessoa que revisasse os dados estaria vinculada a um acordo de confidencialidade e ele não usaria nenhuma “informação competitivamente sensível” se o acordo não fosse fechado.
Fonte: CNBC