GLOSSARIO
Efeito Denominação
Efeito Denominação. Significado, conceito e como funciona. Entenda tudo sobre Efeito Denominação.
O que significa Efeito Denominação?
O termo é baseado em um devaneio psicológico, que ocorre quando pensamos que o dinheiro expresso em pequenas quantidades tem menos valor do que o dinheiro expresso em uma única quantia.
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Por exemplo, preferimos comprar 4 pares de sapato, por ano, com uma qualidade menor por R$ 50,00 cada, a comprar um sapato com qualidade superior por R$ 200,00.
Portanto, o Efeito Denominação (em inglês, denomination bias), pode ser classificado como um viés cognitivo, onde o cérebro julga a realidade de forma errônea.
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Deste modo, seu psicológico aceita a interpretação de que a mesma quantia distribuída em denominações diferentes têm pesos diferentes, levando-o a tomar decisões baseadas nas suas emoções.
O Efeito Denominação também pode servir como um auto controlador de gastos, porque pessoas que possuem dinheiro em denominações maiores tendem a gastar menos, pois maiores denominações são menos substituíveis.
O termo também está ligado à dor de pagar. Neste caso, algumas pessoas tendem a sentir essa dor de forma maior, fazendo com que usem essa estratégia do Efeito Denominação para não gastarem.
Autocontrole e o Efeito Denominação
A auto regulação e o autocontrole são importantes para a tomada de decisões sobre compras e gastos.
Normalmente, as pessoas precisam achar um equilíbrio entre o impulso de recompensas no curto prazo para gastar com recompensas de longo prazo.
Geralmente, os indivíduos escolhem o curto prazo, resultando em uma falha de auto controle.
Temos como exemplo pessoas que compram por impulso e logo após se sentem culpadas por terem gastado com o que não era necessário.
A partir disto, surge o pré-compromisso, que é um método onde a pessoa coloca restrições ou muda os seus incentivos para o comportamento futuro.
Como por exemplo, pessoas que estipulam limites de gastos, tendo isso como uma grande denominação a ser usada como pré-compromisso para colocar o autocontrole em prática.
Relação entre Efeito Denominação e Contabilidade Mental
Contabilidade mental é como são chamadas as técnicas mentais que utilizamos para saber como, quando e com o que gastamos nossos recursos financeiros.
É a contabilidade mental que auxilia no modo como pensamos a respeito de gastar, investir e poupar.
Um exemplo disso seria o fato de você ter escolhido ir ao cinema, sendo que a sua restrição orçamentária para lazer estava estourada.
Na contabilidade mental, o prazer imediato é mais importante do que benefícios em longo prazo.
Com isso, a contabilidade mental é classificada como um viés do presente, que também é uma interpretação errada da realidade, com falhas no raciocínio lógico.
Pois, as justificativas usadas para formar esse raciocínio parecem verdadeiras, ao ponto que apenas uma reflexão racional tem a capacidade de discerni-lo. Porém, os humanos não agem apenas racionalmente, mas também emocionalmente.
E, assim, acreditando no raciocínio que nosso cérebro nos propõe, pensamos que benefícios imediatos são melhores e mais valiosos do que benefícios futuros.
O Efeito Denominação e a contabilidade mental se juntam quando há um momento em que preferimos escolher algo que oferece um menor risco, e/ou uma menor chance de perda.
O Efeito Denominação e Seu Impacto na Vida Financeira
O Efeito Denominação pode interferir na sua vida financeira a partir do momento em que você toma a decisão de gastar só porque está com denominações pequenas de dinheiro.Como por exemplo:
Achar que corridas feitas por aplicativos não sairão caras no final do mês só porque cada uma custa R$ 10,00 e você está usando notas de valor menor.
- Pedir delivery todos os dias, achando que no primeiro momento são baratos, mas no final do mês a conta está gigante.
- Deixar moedas jogadas ou perdê-las e não se importar.
- Gastar uma maior quantidade de dinheiro em algo que tenha menor qualidade, ao invés de gastar o valor de uma vez só com o produto de melhor qualidade.
Então, devemos sempre tomar cuidado com as ciladas que nosso cérebro cria e analisar a situação de uma forma que nosso emocional não seja incluso no raciocínio.