O que significa Efeito Delmore?

O Efeito Delmore (Delmore Effect) é um tipo de viés cognitivo, onde o cérebro julga a realidade de forma errônea.

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O viés cognitivo se caracteriza quando o cérebro toma decisões a partir de ideias e experiências já vividas, excluindo, dessa maneira, a avaliação dos fatores de forma racional e imparcial.

Ou seja, são atalhos que o cérebro utiliza para tomar decisões mais rapidamente, porém, levando a falhas na racionalidade e interferências no julgamento.

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Este fato ocasiona um erro no raciocínio lógico, aumentando as chances de tomar decisões erradas.

De acordo com o Efeito Delmore, os seres humanos possuem a propensão de definir melhores metas para áreas menos importantes em suas vidas.

Isso faz com que os objetivos traçados para essas áreas tenham uma maior chance de darem certo e de terem melhores resultados.

Ao contrário do que acontece com os objetivos estabelecidos nas áreas mais prioritárias.

O Efeito Delmore mostra que favorecemos escolhas mais simples e que tenham informações mais fáceis do que as escolhas mais difíceis e que demandam mais tempo.

Um exemplo seria quando um estudante precisa fazer uma tarefa que ele considera chata ou difícil e, prefere fazer, por exemplo, obrigações de casa, como lavar roupa, limpar o quarto, etc.

Isso ocorre porque essas atividades não demandam tanta dedicação e concentração.

Outro exemplo seria quando um indivíduo se dedica muito mais tempo com um hobbie, como jardinagem, por exemplo, ao invés de se dedicar aos estudos ou ao trabalho.

Como funciona o Efeito Delmore?

Para o cérebro, o efeito Delmore faz sentido dentro de sua vivência, então se esse processo não for contestado, ele permanecerá presente no dia a dia.

Ou seja, influenciará ainda mais a nos dedicarmos a coisas menos importantes. Pois, nós, seres humanos, somos atraídos por coisas que nos trazem prazer, dispensando assim, coisas que nos geram desconforto ou dor.

O Efeito Delmore se relaciona bastante com a aversão a perdas.

A aversão a perdas é uma predisposição que temos em preferir opções que nos trazem uma menor chance de risco.

Mesmo que a alternativa traga mais ganho, se ela tem uma chance de risco também maior, priorizamos a opção com o menor risco.

Um exemplo de aversão a perdas é quando você passa muito mais tempo se queixando sobre uma perda, do que comemorando uma vitória.

A aversão a perdas também pode influenciar em suas finanças, fazendo com que você tome decisões equivocadas pelo fato de sentir medo ou vergonha.

Exemplos do Efeito Delmore

Por exemplo, a escolha em aplicar seu dinheiro na poupança ao invés de aplicar em ações que você pode correr o risco de perder uma pequena quantia.

Mas, ao mesmo tempo, pode ganhar mais dinheiro aplicando em ações do que na poupança.

O menor risco em perder qualquer quantia, mesmo que seja pequena, já o direciona a aplicar o seu dinheiro na poupança, pois assim não tem chances de perder nenhum valor.

Por outro lado, dependendo do ganho que teria com as ações, essa não seria a melhor opção.

Isso mostra o medo que temos de fracassar em certas áreas de nossas vidas. E isso não é só relacionado a finanças, mas também a emoções.

Como ter medo de receber uma reclamação no trabalho, ou de não ser aceito pela pessoa que você gosta, ou sobre os julgamentos dos pais.

Então, quando se trata de questões mais importantes, preferimos não traçar objetivos mais específicos.

Pois, assim, estaremos evitando o possível fracasso, mas ao contrário do que pensamos isso faz com que o fracasso seja ainda mais real.

Isso ocorre porque quanto mais planejamos e especificamos nossas metas e objetivos, mais chances temos de alcançá-los.

Dito isto, o Efeito Delmore não nos auxilia a nos afastar das frustrações e derrotas e, sim, a torná-las ainda mais prováveis.