O que significa Efeito de Criação?

O termo é classificado como um tipo de viés cognitivo que é definido pela predisposição humana de se lembrar com mais facilidade de raciocínios que a própria mente cria.

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O viés cognitivo se caracteriza quando nosso cérebro toma decisões a partir de ideias e experiências já vividas, excluindo dessa maneira a avaliação dos fatores de forma racional e imparcial.

Ou seja, são atalhos que o cérebro utiliza para tomar decisões mais rapidamente, porém levando a falhas na racionalidade e interferências no julgamento.

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Um exemplo do Efeito de Criação (em inglês, generation effect) é visto em estudantes que entendem melhor o conteúdo quando tiram suas próprias conclusões a partir de associações feitas em leituras e aulas.

Portanto, esses estudantes absorvem melhor o conteúdo lendo e ouvindo do que se a informação fosse apenas passada por alguém.

Como funciona o Efeito de Criação?

O Efeito de Criação parece ser uma vantagem, porque você acessa com mais facilidade as coisas que sua própria mente criou, pois serão mais fáceis de serem lembradas.

Um exemplo disso é quando você associa um conteúdo que foi apresentado em aula com uma situação pela qual você passou em sua vida.

Porém, como dito, o Efeito de Criação é um viés cognitivo, ou seja, um erro no raciocínio lógico.

E, devido a tal fato e a dissonância cognitiva, acreditamos em tudo que o nosso cérebro propõe, porque parece ser verdade.

A dissonância cognitiva é um fato psicológico onde os seres humanos sempre buscam uma conexão, uma coerência entre as coisas que pensa, interpreta e faz em relação ao mundo exterior.

E isso ocorre mesmo que essa conexão não exista.

O viés cognitivo, em conjunto com essa dissonância cognitiva, nos leva a acreditar em coisas que não são reais, apenas por fazerem sentido em nossa mente.

Um dos transtornos causados pelo Efeito de Criação são a desvalorização e a rejeição de pensamentos que vem do ambiente externo.

Diz respeito a falta de aceitação de opiniões, pelo simples fato de as mesmas não irem de acordo com a conexão e o raciocínio que já foi pré-formado em nossa mente.

Esse problema pode ser ainda maior se for acentuado pelo viés de confirmação, que também é um fato psicológico, onde o indivíduo busca por informações que confirmem ainda mais as suas opiniões.

Ou seja, o cérebro forma um raciocínio viesado a partir da coleta de julgamentos que você prediz serem os corretos. Esses julgamentos são guardados pelo cérebro como preferenciais.

Enquanto isso, os pensamentos e ideias contrárias às suas opiniões são descartadas ou mantidas em segundo plano, para que o acesso não seja tão rápido quanto os pensamentos que você acha serem corretos.

Assim, o Efeito de Criação aliado a dissonância cognitiva e o viés de confirmação, ajudam a não compreender as concepções que questionam o que já pré-formamos como razão por não nos recordarmos deles.

Como usar o Efeito de Criação?

O Efeito de Criação pode trazer alguns perigos, como por exemplo, sobre os conteúdos do mercado financeiro.

Neste caso, se você focar apenas nas suas ideias e conclusões a cerca de um ativo financeiro ou expectativas sobre o que acontecerá com o mercado no futuro. E ignorar opiniões e ideias externas.

O Efeito de Criação também pode nos proporcionar vantagens se utilizado de modo correto e tomando cuidado para não ignorar opiniões externas. Assim será possível aproveitar as contribuições alheias.

A interiorização do aprendizado é uma maneira de aproveitar os benefícios do Efeito de Criação. Um exemplo disso seria fazer um resumo com suas palavras logo após ler um livro ou um artigo.

Isso fará com que o cérebro memorize não somente as opiniões que você julgue serem as certas, mas também as observações que não foram criadas a partir da sua mente.

Essa técnica também pode ser usada para os estudos sobre seus investimentos, fazendo com que você consiga formar estratégias mais racionais, amplas e concretas.