O que é o Efeito Terceira Pessoa?

Esse efeito diz respeito ao fato das pessoas subestimarem os efeitos sobre si quando submetidas a mensagens negativas, persuasivas, ou socialmente indesejadas, mas superestimam esses efeitos sobre outras pessoas.

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O efeito terceira pessoa é um fenômeno que observa a tendência das pessoas em subestimar e tendência de uma mensagem para si e superestimar para as outras pessoas.

Esse efeito foi relatado e publicado em 1983 por e por W. Phillips Davison, e trata-se de um efeito sobre a crença do indivíduo perante os meios de comunicação.

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Ou seja, tem como pressuposto o fato de um indivíduo crer que uma mensagem acarreta em um efeito mais forte em outra pessoa do que nele mesmo.

Portanto, o efeito terceira pessoa é um tipo de viés cognitivo que traça a tendência das pessoas em acreditarem serem menos influenciáveis que as outras, principalmente quando se trata da influência midiática.

Devemos dizer que nossa mente é “treinada” para julgar os outros, mas é muito menos incisiva na hora de criticar e julgar a si mesmo, e isso pode acontecer de forma involuntária.

Ora, todo mundo já deve ter questionado como o consumismo afeta as pessoas, como as pessoas consomem sem precisar, como elas são atraídas pelas propagandas e comerciais.

Ainda mais, todo mundo já deve ter falado para outra pessoa, ou para si mesmo “qual o motivo de tantos gastos, sendo que ela pode ser feliz apenas com isso ou aquilo”.

Portanto, é muito comum esse tipo de julgamentos em cima de terceiros por pessoas que não conseguem fazer uma autocrítica.

Até existem pessoas que são autocríticas, e fazem uma reflexão sobre si, porém, essas também não estão imunes ao efeito terceira pessoa.

Como esse Efeito Funciona?

O efeito terceira pessoa permite que nos distanciamos dos problemas e jogamos a responsabilidade toda para a sociedade.

Ora, nunca é você, ou até mesmo seu amigo, mãe, companheiro, que não respeita as leis de trânsito. São as outras pessoas que não têm educação no trânsito.

São as outras pessoas que andam acima da velocidade, não dão seta, estacionam onde não devem, não param na faixa de pedestre. Sempre são os outros, nunca somos nós.

Já, adentrando no mundo dos investimentos, nunca somos nós, nossos amigos ou parentes que não estudamos com clareza os investimentos a fim de aplicarmos nosso dinheiro, o problema e o mercado financeiro.

O problema está nas pessoas, ou seja, o mercado está cheio de pessoas que não sabem investir. É assim que nossa mente está acostumada a trabalhar.

Portanto, é através desses exemplos que nos distanciamos dos problemas. Esse é o efeito da terceira pessoa.

O nosso cérebro, mesmo que inconscientemente, está treinado a nos afastar dos problemas, sempre aproximando os problemas dos terceiros, ou da sociedade em si, e se afastando de si próprio.

E é através deste distanciamento dos problemas que está o grande perigo do efeito terceira pessoa.

O Efeito Terceira Pessoa na vida financeira

Vale lembrar que a influência midiática é um dos principais pontos do efeito terceira pessoa.

Além disso, esse efeito também está relacionado diretamente com o consumo.

Ora, podemos lembrar que foi tratado no tópico acima que o maior perigo desse efeito é o poder que nossa mente tem de nos distanciar dos problemas.

Ou seja, ao nos distanciarmos dos problemas e, conscientemente ou inconscientemente aproximarmos os terceiros, podemos pensar que estamos protegidos e imunes a esse efeito.

Mas, pode acontecer justamente o contrário.

Quando nos deparamos com uma propaganda, ou promoção, divulgada pelas lojas, muitas vezes, já comentamos com outra pessoa que aquilo é meramente para convencer os clientes e estimular o consumo.

Ainda mais. Em muitos casos já falamos que as pessoas se deixam levar pelas propagandas e aceitam serem convencidas pelo poder da mídia.

Pois bem, quando achamos que está tudo sob controle por conseguirmos enxergar a situação melhor que os outros, nos vemos caindo nos mesmos erros.

Se pararmos para pensar, em vários momentos, todos nós já compramos e consumimos algo que não precisávamos e, muitas vezes, nem notamos.

Quando achamos que temos o domínio da situação, e que o problema sempre está com os outros, estamos sendo ludibriados da mesma forma, por alguém que domine esse efeito melhor que nós mesmos.