O que é o Efeito Contraste?

Esse efeito diz respeito à tendência natural que as pessoas possuem em julgar outras pessoas com base e comparação com seus semelhantes.

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É como o exemplo de uma prova para concurso, onde o examinador irá julgar se o candidato está apto a ocupar o cargo pretendido baseado na comparação com os outros inscritos.

Assim, esse efeito trata-se de um viés cognitivo onde as pessoas, com base em comparações, possuem a tendência de julgar outras pessoas e objetos.

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Outro exemplo é quando julgamos se um indivíduo está bem vestida comparado a outra pessoa que está por perto.

Uma questão importante pode ser levantada, e também já deve ter passado pela cabeça de todo mundo: podemos definir se uma pessoa é bonita ou feia, magra ou gorda, sem outra para compará-las?

A única coisa que podemos dizer é que o efeito contraste será responsável por definir inúmeras questões de nossas vidas.

Portanto, não há possibilidade de definir uma pessoa como bonita, feia, magra, gorda, dentre outros adjetivos, sem que exista uma comparação entre outras semelhantes.

Ou seja, não tendo uma tabela, ou um modelo universal já definido, a comparação é o único jeito de julgar.

Portanto, foi por meio do efeito contraste que houve o surgimento de um dos conceitos mais importantes de nossas vidas, o custo benefício.

Exemplos do Efeito Contraste

Voltando aos exemplos, como podemos saber se a espera por uma fila em um restaurante muito bem recomendado valerá a pena? A resposta é simples, Comparando!

Basta o indivíduo ir a outro restaurante, que não tenha fila, e fazer seu pedido. Só assim ele vai saber se valerá a pena a espera ou não.

O mesmo vale com relação ao preço. O indivíduo irá saber se vale a pena pagar mais caro em um bom restaurante apenas se ele experimentar outro mais barato.

Se a refeição é semelhante, valerá a pena ir ao restaurante mais barato, ou ao que não tem fila.

Com o tempo nossa mente se acostuma a fazer esse tipo de conta, mas, como não somos “máquinas programadas”, estamos suscetíveis a falhas, devido a nossa mente não ser muito precisa.

Portanto, tentamos não tomar decisões equivocadas, que acarretam em prejuízos que poderiam ser evitados com um pouco mais de raciocínio.

Feita a leitura, podemos reparar que o efeito contraste está sempre por perto, ou seja, está no dia a dia de nossas finanças pessoais.

O ser humano está sempre procurando uma comparação com outro produto na hora do consumo, comparação a qual chamamos de efeito contraste.

Relação do Efeito Contraste e finanças.

Normalmente, é no momento do consumo, ou na compra de um ativo no mercado financeiro que o efeito contraste irá interferir nas finanças.

Por exemplo, quando o indivíduo consome um salgado, ele só irá saber se o custo benefício é válido ou não comparando com outro salgado.

No mercado financeiro, um ativo é comparado com outro através de seu preço, rentabilidade, risco, dentre outros fatores.

A todo o momento a mente humana está fazendo comparações entre objetos, devido ao efeito contraste. Contudo, é preciso muita atenção para não ser traído pelo próprio instinto.

Um exemplo claro e clássico que podemos usar é o do lançamento dos amaciantes concentrados.

Quando os produtos estavam disponíveis para venda, o amaciante concentrado, que possuía 1 litro, custava o mesmo valor, ou muito próximo, do amaciante comum, que possuía 2 litros.

Devido ao efeito contraste, através de uma conta rápida e que parece óbvia, a maioria das pessoas compravam o amaciante comum, sem precisar pensar muito.

Ora, tudo parecia muito óbvio, tendo o produto, com a mesma função, tinha quase o mesmo valor com o dobro da quantidade.

Contudo, é preciso gastar mais que o dobro do produto comum para ter o mesmo efeito do produto concentrado.

Dessa forma, o erro da mente humana só pode ser corrigido por meio de informações de terceiros ou auxílio de uma máquina calculadora, por exemplo.

Portanto, para combater os erros que o efeito contraste pode nos levar, é necessário o auxílio de ferramentas externas, ou estarmos abertos a opiniões de terceiros.