O mercado de câmbio sofreu uma reviravolta nesta quarta-feira (3), com a cotação do dólar fechando em ligeira queda e na casa de R$ 5,6624, depois de operar em alta ao longo de toda a sessão e superar R$ 5,77.

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Investidores acionaram expressivas ordens de vendas na reta final dos negócios, após o presidente da Câmara garantir que o Congresso não permitirá furo do teto de gastos.

Especulações de que seriam apresentadas emendas para deixar o Bolsa Família fora do teto de gastos aumentaram a pressão sobre o mercado desde o fim da manhã.

Com isso, o Banco Central anunciar dois leilões de swap cambial tradicional, os quais resultaram em injeção líquida de US$ 2 bilhões nos mercados futuros de câmbio.

Em cinco pregões, o BC já despejou no mercado o equivalente a U$ 7,175 bilhões em valores somados de intervenções nos mercados spot e futuro.

Ainda assim, o dólar seguiu em alta, com o real revezando com a lira turca, que foi a "vice-lanterna" do dia, o peso mexicano liderava as perdas nos mercados globais de câmbio.

Por volta de 16h30, a moeda norte-americana repentina e expressivamente passou a reduzir os ganhos, conforme circulavam nas mesas operação informações de que o Bolsa Família seguiria sob o teto de gastos.

Às 16h44 veio a pá de cal sobre o dólar, depois de o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), dizer que o Congresso votará PECs "sem nenhum risco ao teto de gastos".

Além disso, o relator da PEC Emergencial, senador Marcio Bittar (MDB-AC) apresentou complementação de voto nesta quarta-feira em que acata sugestões de colegas e fixa limite de R$ 44 bilhões para montante de auxílio que poderá ser excepcionalizado das regras fiscais em 2021.

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O mercado vinha há dias temendo que o Senado optasse por votar uma PEC Emergencial muito mais desidratada e fatiada, o que, somado a atitudes recentes do presidente Jair Bolsonaro em relação a empresas estatais.

Isso inflou temores de uma guinada da política econômica para fora da responsabilidade fiscal e de autonomia na gestão de Petrobras (PETR4) e Banco do Brasil (BBAS3) , entre outras empresas.

No fim da agitada sessão, o dólar à vista mostrou variação negativa de 0,07%, a R$ 5,6624 na venda.

Na máxima, alcançada pouco depois das 13h, a cotação saltou 1,89%, para R$ 5,7732, nos picos desde novembro do ano passado.

Ainda na última hora de negócios, investidores analisaram informação de que o governo federal vai assinar um contrato com a Pfizer para comprar vacinas do laboratório para a imunização contra Covid-19.

"Enfim, uma boa notícia. Com muito atraso e a um custo de muitas vidas perdidas que poderiam ser evitadas", disse Thomaz Sarquis, economista da Eleven Financial Research.

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Fonte: Reuters