Muito tem se falado sobre o futuro domínio das fintechs no setor bancário.

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Não podemos desprezar o enorme crescimento na base de clientes experimentado pelos principais bancos digitais no mercado, principalmente o Nubank (NUBR33) e o Banco Inter (BIDI11).

Isso sem falarmos das grandes plataformas como Xp e BTG Pactual (BPAC11).

Mas será que esse aumento na base de clientes será suficiente para “engolir” os bancões tradiconais?

Os grandes bancos não estão de braços cruzados olhando como seus novos concorrentes digitais tentam abocanhar parte de seus clientes.

Assim sendo, os bancões, muito bem capitalizados, estão investindo forte no modelo digital oferecendo serviços muito próximos aos oferecidos pelos “bancos disruptivos”.

Esse novo modelo digital que está sendo implantado nos grandes bancos melhora a sua produtividade e eficiência, tornando a operação mais rentável.

A tendência inflacionária atual, faz com que a taxa de juros básica da economia aumente na tentativa de controlar a escalada da inflação.

Em um cenário de Taxa Selic elevada, os bancos conseguem melhorar seus resultados aplicando spreads maiores.

Enquanto outros setores da economia sofrem fortemente com a inflação e a elevação dos custos de produção, os bancos conseguem surfar bem esse cenário cobrando spreads maiores e reduzindo seus custos.

Exemplo disso é a redução no número de agências físicas dos grandes bancos, migrando gradualmente para um modelo digital muito mais eficiente.

Juros elevados melhoram a situação dos grandes bancos, porque:

  • Os bancos conseguem emprestar dinheiro com juros mais elevados.
  • O cenário de juro elevado atrapalha a captação de recursos dos bancos digitais disruptivos, fundamental para que esse tipo de empresas continue crescendo.

As ofertas públicas iniciais (IPO) e follow-on são bem menos comuns em períodos de Selic alta.

Já os grandes bancos, bem capitalizados, não sofrem com essa situação.

Esses mesmos juros elevados tendem a penalizar o valuation das empresas mais novatas, que ainda não geram lucro e tem o seu lucro projetado num futuro ainda distante.

Bancões são menos impactados nesse sentido.

E do ponto de vista operacional, os grandes bancos já conseguem gerar lucros bilionários e distribuir generosos dividendos.

De qualquer modo, ninguém tem como saber o que vai acontecer com o setor e a dinâmica das fintechs daqui a 5 ou 10 anos.

O que podemos apreciar hoje em dia é que as grandes instituições financeiras do país estão tentando se adaptar de forma acelerada à nova realidade.

A digitalização de boa parte dos serviços faz parte do processo para melhorar a experiência dos clientes e o aumento da eficiência na operação.

O número de transações online e via app nos bancos mais sólidos aumentou de forma significativa nos últimos anos.

Bancos sólidos e lucrativos tendem a seguir pagando dividendos atrativos.

O Santander (SANB11) se destaca entre os bancos que mais dividendos distribuíram aos acionistas em 2021 com um Dividend Yield de 8,8%.

A receita do Santander está crescendo de forma sustentável, impulsionada por uma maior integração dos canais de atendimento, pelo aumento da digitalização e pela melhor experiência percebida do cliente.

As despesas gerais do banco também aumentaram durante o último ano, porém num patamar abaixo da inflação.

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Assim, o banco consegue melhorar suas margens e sua eficiência.

A distribuição de dividendos do banco vem crescendo nos últimos anos e deve se manter num patamar atrativo durante 2022.

O Santander apresentou no último resultado um ROAE (Return on Average Equity ou Retorno sobre patrimônio médio) superior a 20% e negocia a menos de 8X lucros, tudo isso pagando um DY de quase 9%.

Esses indicadores compensam hoje em dia os riscos e ameaças que os bancos digitais representam.

O que fazer como investidor?

Claro que sua carteira de investimento não precisa estar lotada de ações de bancões.

No entanto, estar exposto a algum dos nomes do setor bancário tradicional pode ser um excelente negócio pensando no recebimento de dividendos e ganhos com a valorização das ações.

Além do Santander (SANB11), hoje a carteira do Canal Seleção de Dividendos conta com outros dois bancos que estão distribuindo gordos proventos mesmo em meio a guerra com as fintechs.

Estamos prontos para esses cenários difíceis no nosso portfólio e os assinantes sabem bem o que fazer nesse momento.

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