A Sabesp (SBSP3) divulgou nesta quinta-feira (20), através da publicação de fato relevante, um comunicado oficial do governo do Estado de São Paulo esclarecendo que aguarda a análise dos vetos do novo marco regulatório do saneamento básico para definir os próximos passos no plano de desestatização da companhia.

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A declaração foi publicada no dia seguinte à queda de mais de 5% no valor da SBSP3 em razão da fala do governador de São Paulo, João Doria, sobre uma futura capitalização para prestar serviços em outros Estados.

Segundo o ofício de resposta à companhia, assinado pelo vice-governador Rodrigo Garcia, que preside o Conselho de Defesa dos Capitais do Estado (Codec), ainda não há definições de implementação da desestatização ou de reorganização societária:

"Do ponto de vista do acionista controlador, importante esclarecer que não há decisão tomada sobre o modelo de reorganização societária da Sabesp, uma vez que o grupo de trabalho constituído pelo Conselho Diretor do Programa Estadual de Desestatização, em 24/04/2019, não concluiu suas atividades, estando no aguardo da análise dos vetos pelo Congresso Nacional da Lei nº 14.026, de 15 de julho de 2020, que atualiza o marco legal do saneamento para dar continuidade aos trabalhos".

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Além disso, o comunicado da Sabesp confirma que o novo marco legal do saneamento traz "novas oportunidades comerciais no setor", que leva a companhia a avaliar a participação em projetos, “inclusive em outros Estados, que entenda economicamente vantajosos", conforme lhe autoriza o seu estatuto social.

A empresa ressaltou que o interesse de expansão na área de atuação já havia sido revelado na divulgação do release de resultados do segundo trimestre, no dia 14 de agosto, e comentada na teleconferência do dia 18 de agosto.

Na conversa com os analistas, o presidente da Sabesp, Benedito Pinto Ferreira Braga Junior, disse que há uma série de oportunidades que se abrem com o marco do saneamento.

Na mesma conferência, o executivo afirmou que as novas regras também trazem uma janela clara para a privatização de empresas estatais do segmento.

"O que podemos adiantar é que a lei facilita o processo de privatização de companhias estatais", disse Braga Junior.

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Fonte: Estadão