O que são demonstrações financeiras?

Demonstrações financeiras são relatórios contábeis que informam a situação financeira geral de uma empresa, com o objetivo de auxiliar na tomada de decisões sobre sua gestão e investimentos.

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Com as demonstrações financeiras em mãos, é possível entender várias coisas sobre a companhia, como:

  • Quanto se paga de impostos;
  • Como está o seu fluxo de caixa;
  • Qual o seu nível de endividamento;
  • Entender a estrutura de custos;
  • Saber qual a margem de lucro;
  • Entre outras coisas mais.

Assim, as demonstrações financeiras são fundamentais para potenciais investidores, pois relatam se a empresa em questão pode ser um investimento rentável ou não.

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Para que servem as demonstrações financeiras?

As demonstrações financeiras formam um importante instrumento que tenta capturar a real situação das empresas.

Ao agrupar informações sobre os valores de gastos, receitas, dívidas, disponibilidades, patrimônios e outras coisas, as demonstrações financeiras oferecem um retrato de como está a companhia.

A partir das demonstrações financeiras, os agentes econômicos interessados, como os administradores, investidores e o governo, poderão tomar decisões importantes em relação a ela. 

Por meio das demonstrações financeiras de uma empresa, a equipe financeira, um novo investidor ou os sócios podem tomar suas decisões de uma maneira muito mais segura. 

A partir de informações sobre os ativos e recursos disponíveis em caixa, uma empresa consegue, por exemplo, aprovar um financiamento junto ao banco ou investidores.

Como funcionam as demonstrações financeiras?

Existem diversos tipos de relatórios que compõem o grupo de demonstrações financeiras, tendo cada qual um objetivo específico.

Basicamente, as demonstrações financeiras são divididas em cinco tipos:

  1. Balanço Patrimonial (BP);
  2. Demonstração de Resultados do Exercício (DRE)
  3. Demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados (DLPA);
  4. Demonstração do Valor Adicionado (DVA);
  5. Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC).

Vejamos um pouco sobre cada uma delas.

Balanço patrimonial

O balanço patrimonial é um demonstrativo responsável por mostrar a condição patrimonial da companhia em relação aos ativos, passivos e patrimônio líquido em um determinado período.

Essencialmente, esse demonstrativo é composto por três grandes grupos em que as informações são dispostas:

  1. Ativo: representa todos os bens e direitos de uma empresa, como estoques e contas a receber.
  2. Passivo: são as obrigações contraídas pela empresa, como contas a pagar e serviços a fornecedores.
  3. Patrimônio líquido (PL): é a diferença entre ativo e passivo (PL = ativo - passivo). O valor positivo significa que a empresa tem como pagar suas dívidas, enquanto que o valor negativo é um sinal de perigo.

Demonstração de Resultados do Exercício (DRE)

A DRE é a demonstração responsável por mostrar o nível dos lucros ou prejuízos de uma empresa em um determinado período de tempo.

A DRE dispõe de todas as receitas (bruta e líquida), despesas, lucros (brutos e líquidos), eventuais prejuízos e o resultado do Exercício antes e depois do pagamento do Imposto de Renda. 

Demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados (DLPA)

A DLPA é utilizada para demonstrar as mudanças no Patrimônio Líquido de uma empresa e onde os recursos foram aplicados ao longo de um tempo. 

Essas mudanças no patrimônio podem ser tanto um aumento no lucro quanto no prejuízo acumulados. 

A DLPA, basicamente, mostra um comparativo entre um saldo anterior e um saldo final do lucro da empresa. 

A DLPA geralmente é a última coisa a ser feita ao elaborar o Balanço Patrimonial. Os dados da DLPA são gerados pelo paralelo entre o Balanço Patrimonial e a Demonstração de Resultados do Exercício (DRE).

Demonstração de Valor Adicionado (DVA)

A DVA é um demonstrativo com objetivo diferente, pois interessa mais à sociedade do que a empresa, de forma individual.

A partir da DVA pode-se saber quais foram as riquezas geradas pela empresa em um período de tempo.

A riqueza, neste caso, está relacionada à quantidade de valor criada pela atividade da empresa, e não ao seu resultado financeiro propriamente dito, como lucro ou prejuízo.

O valor adicionado aparece, por exemplo, quando uma empresa contrata mão de obra da comunidade da qual faz parte.

Uma indústria montadora de carros, por exemplo, gera mais valor adicionado em termos relativos aos seus recursos do que uma mineradora.

De maneira prática, essa seção dos relatórios compara os valores de entradas e saídas, assim como as demais demonstrações financeiras.

Entretanto, toma como base o princípio de responsabilidade social, medindo o quanto essa riqueza esteve relacionada ao bem da sociedade na qual a empresa está inserida como um todo.

Demonstrativo de Fluxo de Caixa (DFC)

O fluxo de caixa é um relatório que mostra quanto de dinheiro entrou e saiu de uma empresa em um determinado período de tempo.

O DFC é realizado a partir da análise dos recursos em caixa, das aplicações financeiras e das contas bancárias.

A partir do DFC é possível saber informações como:

  • Qual o resultado da empresa em cada uma de suas movimentações financeiras;
  • Onde exatamente os recursos movimentados foram aplicados;
  • Quais as suas origens dos recursos.

A importância do DFC é permitir saber exatamente de onde vem o dinheiro e onde ele está sendo empregado.

Com isso, pode-se fazer um planejamento mais preciso sobre os recursos disponíveis e necessários para cada movimentação financeira. 

Demonstrações financeiras e investimentos

Ficar de olho nas demonstrações financeiras das empresas é uma atividade fundamental para todos os investidores.

Os relatórios são disponibilizados pelas empresas em seus sites de relações com investidores e é fundamental que os investidores confiram essas informações para tomar as melhores decisões.

Além disso, é a partir das demonstrações financeiras que se tem os indicadores utilizados na análise fundamentalista de empresas.

Falando nisso, temos um artigo completo mostrando como fazer análise fundamentalista e investir melhor.