O que é deflação?
Deflação é um fenômeno monetário que expressa o declínio geral nos preços de bens e serviços de uma economia.
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A deflação está tipicamente associada a uma contração na oferta de dinheiro e crédito no sistema econômico como um todo, o que gera uma queda na demanda agregada.
Durante a deflação o que ocorre é que o poder de compra da moeda aumenta com o tempo, ao contrário do que ocorre na inflação.
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Como funciona a deflação?
A deflação faz com que os custos nominais de capital, trabalho, bens e serviços caiam, embora seus preços relativos possam permanecer inalterados.
Para saber se houve inflação ou deflação nós utilizamos de um instrumento chamado índice de preços.
O índice de preços mede a variação dos preços de uma quantidade determinada de bens e serviços de um período para o outro.
O índice de preços mais utilizado no Brasil é o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que é calculado pelo IBGE.
A análise do índice de preços nos indica se houve um aumento (índice fica positivo) ou queda (índice fica negativo) nos preços gerais da economia.
Assim, se o índice de preços for negativo em um dado momento é sinal que os preços caíram, ou seja, houve deflação.
Quanto acontece uma deflação, significa que grande parte dos preços da economia estão em queda ao mesmo tempo.
Geralmente, a deflação é associada à uma queda na demanda por produtos de uma economia.
Como as pessoas passam a comprar menos, os comerciantes e produtores começam a competir em um cenário de menor nível de consumo.
Causas da deflação
A deflação apresenta várias causas distintas. A primeira delas é associada aos ciclos econômicos, especialmente em épocas de crise.
Nesse período temos que o desemprego se eleva e a demanda cai, o que gera uma queda no nível de preços para tentar elevar o número de vendas.
A deflação também pode resultar de questões referentes à estrutura produtiva da indústria. É o caso de quando há um aumento da produtividade de toda a economia.
Este contexto permite que muitas empresas consigam cobrar preços mais baixos pelos produtos fabricados.
Este caso em específico não é ruim para a sociedade, pois permite às empresas terem custos menores e repassá-los para os consumidores sem que haja prejuízo financeiro.
Assim, as produtoras conseguem manter suas margens de lucro (e às vezes até mesmo aumentá-las), enquanto os consumidores experimentam um aumento no poder de compra.
Quais os impactos da deflação?
À primeira vista, a deflação beneficia os consumidores porque eles podem adquirir mais bens e serviços com a mesma renda nominal ao longo do tempo.
Entretanto, a deflação tem sido uma preocupação popular entre os economistas há décadas.
Isso porque, a deflação é, muitas vezes, sinônimo de desaceleração econômica e desemprego.
A deflação gera estoques acumulando nos armazéns, produtos sendo estragados e ficando fora de linha.
Com os prejuízos aumentando e as vendas caindo, ocorre uma elevação no nível de desemprego, o que contrapõe a percepção de que a deflação é boa para os consumidores.
Além disso, há outras formas de se ter prejuízo com a deflação.
Primeiro, a deflação pode prejudicar os tomadores de empréstimos, uma vez que suas dívidas vão se tornando mais caras por causa do aumento do valor do dinheiro.
Também temos que a deflação impacta os custos de estoque das empresas.
Como é normal fazer estoque de insumos produtivos por prazos elevados, os ativos parados vão se desvalorizando, o que gera queda de margem derivada da diminuição dos preços de venda dos produtos finais.
No geral, a deflação pode acontecer em prazos curtos, normalmente em um mês apenas, ou pode se manter durante um período prolongado, por vários meses ou anos.
Quando a deflação ocorre de maneira contínua, é sinal que a sociedade prefere poupar dinheiro do que investir.
Em um contexto de deflação as pessoas irão sempre prorrogar seu consumo e seus investimentos, pois acredita-se que no futuro as coisas estarão mais baratas ainda.
Isso faz com que, enquanto houver um cenário de deflação prolongada, mais difícil será a recuperação da economia.
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