A companhia CVC, listada na bolsa de valores com o código CVCB3, acumula uma queda de 73% em 2020, sendo uma das empresas que mais sofreu o impacto do coronavírus na bolsa de valores (B3).

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Assim como a CVC, os fundos imobiliários de shoppings derreteram na bolsa por causa do fechamento dos estabelecimentos.

Alguns analistas chegaram a supor que o Coronavírus geraria um colapso na bolsa de valores.

Porém, o mercado reagiu positivamente após estímulo de US$ 1 trilhão do congresso americano e do anúncio do presidente Donald Trump em reabrir o comércio nos EUA na Páscoa.

Além destes fatores, após fato relevante divulgado pela companhia no dia 23, as ações CVCB3 dispararam na bolsa de valores, o papel já acumula uma alta de 45% até o fechamento dessa matéria.

As medidas são em relação ao surto da Covid-19, que teve grande impacto sobre a movimentação de pessoas ao redor do mundo e, por conseguinte, sobre o segmento de viagens e turismo.

No documento a CVC relata as medidas que serão adotadas em relação a seus clientes, colaboradores e saúde financeira da empresa.

Entenda as ações e a atual situação financeira da empresa para avaliar se a CVCB3 vai subir mais ou vai quebrar na bolsa.

Clientes da CVC durante Coronavírus

A empresa buscará acomodar as necessidades de seus clientes, oferecendo apoio e suporte a quem está em viagem e oferecendo opções de remarcação ou crédito para os que têm viagens marcadas paras próximas semanas.

Este apoio aos clientes tem sido oferecido para

  • rede de mais 1.400 lojas;
  • agentes de viagens parceiros;
  • canais de atendimento telefônico
  • canais de atendimento digital.

O reembolso será conforme o termo de ajuste de conduta (TAC) estabelecido entre o Ministério Público Federal e a Associação das Empresas Aéreas (Abear).

Se o cliente optar pelo reembolso de sua passagem, o prazo para pagamento será de 12 meses a partir da data da solicitação, sem correção monetária ou multas. 

Colaboradores e Parceiros da CVC

Visando o bem estar e segurança de seus colaboradores e parceiros, a Companhia começou a adotar medidas preventivas à disseminação da Covid-19 em seus escritórios tais como:

  • criação de salas de crise para atender aos clientes em caráter imediato;
  • reforço na higienização dos ambientes de trabalho;
  • comunicações diárias com os colaboradores através do time de gente e gestão;
  • reuniões só através de videoconferência e trabalho remoto de 100% do time.

A Companhia tem também apoiado sua rede de franqueados e agentes parceiros, por meio de orientações sobre como tratar os clientes e colaboradores na atual situação.

Estamos atuando junto as autoridades para obtenção de linhas de crédito para os pequenos empreendedores do setor, bem como junto aos shopping centers em relação aos aluguéis dos franqueados nesse momento crítico.

A Companhia também reitera a parceria e relacionamento com todos os seus parceiros e dará o suporte necessário durante este momento para que todos saiam fortalecidos ao término desta situação.

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Saúde Financeira da CVC

O cenário atual é incerto, tornando difícil prever o impacto potencial do surto da Covid-19 sobre a Companhia e suas ações na bolsa de valores.

Nesse cenário de incerteza, a Companhia vem tomando medidas para preservar sua saúde financeira, tais como:

  • Redução da jornada de trabalho de 50% a partir de 1° de abril para todos os colaboradores, exceto em casos pontuais, de pessoas que estejam atuando em temas emergenciais;
  • Redução de 50% de salário da Diretoria Executiva e Conselho de Administração a partir de 1° abril;
  • Suspensão de novas contratações e promoções;
  • Congelamento de vagas;
  • Congelamento do banco de horas e proibição de horas extras adicionais;
  • Postergação de todos projetos e investimentos não prioritários;
  • Suspensão de todos os investimentos em marketing;
  • Renegociação de termos e prazos de pagamentos a fornecedores;
  • Devolução de todos fretamentos até 31 de maio de 2020.

Vale ressaltar que a CVC possui um balanço sólido e por isso a importância de fazer uma análise da queda das ações CVCB3 em bolsa de valores.

Ao final do terceiro trimestre de 2019, de acordo com as últimas informações financeiras divulgadas, a Companhia tinha:

  • posição de caixa de R$ 411,9 milhões, bem como um saldo de contas a receber de clientes de R$ 3.234,9 milhões, dos quais R$ 1.695,1 milhões eram recebíveis de cartão de crédito e R$ 1.001,7 milhões de recebíveis de boletos junto a instituições financeiras.
  • do saldo de contas a receber de clientes, cerca de 55% refere-se a contratos de clientes que já realizaram a viagem;
  • saldo de R$ 811,0 milhões em adiantamentos a fornecedores, que na sua maior parte se referem a bilhetes aéreos já pagos de viagens já intermedidas pela Companhia;
  • saldo de R$ 745,5 milhões de reais na linha de fornecedores. 

Com as iniciativas de redução mencionadas anteriormente, estima-se que os gastos recorrentes da Companhia sejam de cerca de R$ 50 milhões por mês:

  • folha de pagamento;
  • impostos;
  • investimentos de projetos prioritários;
  • juros da dívida.

Vale ressaltar, ainda, que a maior parcela do endividamento da CVC tem vencimento a médio e longo prazo.

De um endividamento total na ordem de R$ 1,8 bilhão, temos R$ 613 milhões vencendo este ano, em novembro de 2020.

O saldo de caixa e equivalentes de caixa em 31 de dezembro de 2019 era de aproximadamente R$ 365,4 milhões (números não auditados).

A CVC manterá o mercado informado a respeito de outras medidas eventualmente adotadas para preservar sua posição de caixa.

A Companhia finaliza o fato relevante reiterando seu compromisso com seus clientes, colaboradores, parceiros, acionistas e o mercado em geral.

Reconhecendo seu papel de liderança no setor de turismo e viagens no Brasil, e que, portanto, terá um papel importante na retomada do setor, após assegurados a saúde e bem-estar de todos.

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