O que é crise econômica

Crise econômica é o período em que uma economia experimenta uma retração de suas atividades.

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A retração é medida através da queda do PIB (Produto Interno Bruto) de um país. 

Assim, se o PIB diminui de um período para o outro, podemos dizer que a economia produziu menos riqueza. 

A crise econômica é uma etapa existente, entre outras que existem, dentro de um período maior chamado de ciclo econômico.

Mais especificamente, as crises econômicas costumam ocorrer no encerramento de um ciclo econômico.

Muitas vezes as crises econômicas resultam de eventos que ocorreram nas etapas de crescimento e boom econômico.

Para entender melhor como surgem as crises e como são identificadas, devemos entender um pouco sobre os ciclos econômicos. 

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O que é ciclo econômico?

Ciclo econômico é o conjunto de períodos marcados por flutuações na atividade econômica de um país ao longo do tempo.

Basicamente, os ciclos econômicos são fundamentalmente caracterizados por movimentos sucessivos de prosperidade e estagnação.

Este fenômeno é considerado um movimento natural na economia, uma vez que ela é impactada por um número enorme de fatores.

Geralmente, os ciclos econômicos são marcados por quatro períodos principais: 

  1. Expansão;
  2. Boom;
  3. Contração;
  4. Crise.

Expansão do Ciclo Econômico

Período de recuperação do crescimento

É marcado mais pela consistência do que pela intensidade.

Neste caso, as taxas de juros costumam estar em patamares baixos, juntamente com os salários e os preços dos bens de investimentos.

Assim, as oportunidades se tornam mais atraentes para os empresários começarem novos empreendimentos, o que contribui para o início de uma nova rodada de investimentos.

Boom do Ciclo Econômico

Período de crescimento acelerado, marcado por um movimento de euforia nos mercados.

É o momento em que a economia alcança o seu pico máximo de crescimento.

Neste momento, existe um ambiente de otimismo, o que pode levar os agentes econômicos a negligenciar os perigos.

Empresas e instituições financeiras passam a tomar mais risco, negociando quantidades de crédito acima do que seriam adequadas em tempos normais.

Contração do Ciclo Econômico

Período em que o crescimento perde fôlego.

Após o boom, a tendência é que a economia sofra um período de contração.

Aqui há a diminuição da atividade econômica e o aumento nos índices de desemprego.

A elevação da competitividade e encarecimento dos bens produtivos (salário e capital) faz as empresas se depararem com maiores dificuldades.

Crise Econômica

Período de euforia negativa, geralmente acompanhado de crises financeiras e recessão econômica.

As crises surgem principalmente devido às frustrações das expectativas anteriores. 

Nos períodos de crescimento, as empresas estavam otimistas no momento de executarem seus projetos. 

Acreditavam que os tempos de bonança haviam chegado para ficar.

Com a deterioração das condições de lucratividade, causada pelo aumento da competição, as empresas passam a ter seus planos frustrados.

Com isso, as expectativas de lucros caem, juntamente com a capacidade de honrar as dívidas feitas no passado.

Como resultado, há um aperto no mercado de crédito, por parte dos bancos, dificultando a rolagem das dívidas.

Esse conjunto de movimentos cria um cenário de terror nos mercados, causando uma euforia geral.

Neste momento, os agentes correm para vender seus ativos (tanto financeiros quanto materiais), derrubando seus preços.

Como aproveitar as crises econômicas?

Para o investidor é essencial levar em conta o ciclo econômico na hora de investir, pois isso permite um direcionamento mais assertivo das aplicações financeiras.

Períodos de crises costumam gerar ótimas oportunidades. É aqui que os ativos costumam ficar mais baratos, dado a dominância do medo nos mercados.

O medo faz com que os agentes econômicos deixem a racionalidade de lado e atuem totalmente com base nos instintos.

O receio de que haja uma quebradeira geral faz com que muitos vendem os ativos pelo preço de mercado. 

Isso faz com que, em momentos de crise, os valores dos ativos sejam quase sempre negociados abaixo do valor patrimonial.

Entretanto, o investidor deve ficar atento, pois nem tudo que cai pode estar barato.

Analisar os fundamentos é essencial para ter noção se aquele ativo é uma boa oportunidade ou uma péssima escolha.

Lembre-se que a queda no preço das ações não significa, necessariamente, que ela ficou mais barata. Significa também que ela está menos atraente.

Analisar se o mercado está precificando corretamente o ativo, ou se é apenas causa de um medo generalizado e infundado, é a chave do aproveitamento das oportunidades em tempos de crise.

A mesma cautela deve haver em momentos de boom econômico.

Muitas vezes a euforia inibe o comportamento racional, fazendo com que os agentes acreditem que o futuro será sempre positivo.

Nestes momentos é comum que o mercado precifique os ativos de forma exagerada, negociando ações e títulos com preços muito acima de seus fundamentos reais.

Se a economia não caminhar no mesmo sentido, é de se esperar que uma hora ou outra os preços deverão ser corrigidos para os patamares adequados.

A recomendação é, portanto, sempre acompanhar os fundamentos das empresas, optando pela compra dos ativos sempre que os preços no mercado financeiro estiverem condizentes com o que se considera ideal.