A pandemia do Coronavírus segue sendo um ruído no nosso dia a dia e que, do ponto de vista dos mercados, já não nos traz tanta informação útil para o nosso portfólio.

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Em março desenhou-se uma hecatombe:

  • medo de falências em massa;
  • falta de liquidez do sistema bancário;
  • lockdowns severos e longos;
  • escassez de alimentos nas prateleiras dos mercados;
  • mercados derretendo mundo afora;
  • Ibovespa tendo o pior desempenho dentre todas as bolsas relevantes.

Vieram os Bancos Centrais e os Tesouros Nacionais: programas de estímulos, coronavouchers e demais programas e o mundo assimilou que, apesar de imensa gravidade do problema, estávamos diante de uma crise passageira.

O clima azedo entre os três poderes foi se abrandando no cenário doméstico. 

Longe de um comercial de margarina, mas ao final de abril foi quando estivemos no olho do furacão com a conturbado saída do ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro.

De lá para cá, bastante coisa mudou.

Os mercados passaram a diferenciar com mais facilidade o que era ruído do que era sinal.

Alguns sinais passavam uma mensagem de esperança:

A inflação manteve-se controlada, a despeito de uma forte desvalorização do real ante o dólar.

A taxa Selic foi reduzida para patamares nunca imaginados.

A cada semana que passa, aparecem novas vacinas candidatas a erradicar a pandemia, o que não garante nada no curto prazo, mas traz esperança a população.

De toda forma, já vemos dados de varejo e construção civil menos piores do que o consenso dos analistas.

Os dados de emprego de maio e junho também vieram bem menos piores do que o esperado. 

A cada semana que passa, o boletim Focus traz projeções menos pessimistas.

Os balanços do 2T2020 ainda vão nos dizer muita coisa sobre o que já passamos.

Ao que tudo indica, o auge da crise foi no mês de abril e início de maio e, se não forem tão catastróficos os resultados apresentados, aumenta a esperança de uma recuperação mais rápida ao longo do segundo semestre.

O resultado da Hypera (HYPE3), resultado da Weg (WEGE3) e o resultado do Carrefour (CRFB3) estão aí para mostrar que a crise não bateu em todo mundo. 

Claro, no final das contas, sempre é uma questão probabilística, em que diferentes cenários impactam o seu portfólio de maneira diferente.

Precisamos estar preparados para o que não sabemos.

Mas o que fazer olhando para frente, sabendo que a visão é nebulosa?

Bem, sempre reforço aqui a importância de uma reserva de emergência a parte do seu portfólio.

Um bom portfólio só começa depois de uma reserva de emergência bem formada.

Ela deve ficar em um investimento muito seguro e com muita liquidez.

Tanto o Tesouro Selic quanto os fundos DI com zero taxa de administração cumprem bem essa função.

Lembre-se, aqui não se trata de ganhar dinheiro, mas sim de não perder.

Não vale a pena abrir mão de liquidez ou mesmo buscar um ganho maior investindo em CDBs de bancos pequenos.

Faça o simples.

Deixando isso a parte, vamos para o portfólio em si.

A grande maioria do seu portfólio deve ficar também em renda fixa, algo entre 50% e 80%, se você tiver um perfil conservador, caso não saiba faça logo um teste de perfil de investidor online.

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Dentro dessa renda fixa, supondo um cenário de 50% de alocação na classe de ativo, 40% você vai deixar em um investimento pós-fixado (que pode ser o mesmo Tesouro Selic ou fundo DI da reserva de emergência).

Os outros 10% vale uma alocação em juro longo, são os Tesouro IPCA+ do Tesouro Direto, atrelados à inflação e mais um juro real.

Dos 50% restantes, dá para pulverizar bastante.

Coloque de 10% a 15% em proteções, algo mais exposto a dólar ou até mesmo um investimento internacional.

Um IVVB11 já cumpriria bem a função de você estar exposto a bolsa americana (S&P 500) mais a variação do dólar.

O restante, aí sim você pode buscar rentabilidade com fundos imobiliários e ações.

Resumindo:

  • 40% Tesouro Selic;
  • 10% Tesouro IPCA+;
  • 15% IVVB11;
  • 35% ações e FII de maneira pulverizada .

O bom senso deve reinar, os percentuais podem variar um pouco mais para cima ou para baixo.

O importante é você pensar o seu portfólio de maneira estratégica.

Escolha primordialmente negócios sólidos, que você poderia carregar por uma vida.

Ademais, sempre vale buscar barganhas, seja em ações que ainda não se recuperaram, sejam small caps que podem trazer maiores fatores de multiplicação.

Com os bancos centrais fazendo preço nos mercados, os ativos de risco tendem a ser ganhadores nessa brincadeira.

Reforço a importância de projetarmos tão somente coisas que fazem a diferença no nosso portfólio (os sinais) e esquecer os ruídos, tanto políticos quanto informações de cunho sanitário, sob as quais não temos o menor controle, quanto menor o conhecimento necessário para entender os reais desdobramentos.

O que importa é estarmos bem, nos cuidarmos, cuidarmos do nosso dinheiro e fazer o que está dentro do nosso alcance.

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