O que é Confiança da Indústria?

Para se ter uma boa base de dados sobre a economia do próprio país e também mundial, é importante que se faça diversas pesquisas com os que efetivamente movimentam esse ramo.

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Assim, entrevistar os consumidores, empresários, empresas, companhias e órgãos governamentais, entre outros, se torna muito vantajoso para entender como esses estão lidando com a economia.

Afinal, o giro econômico parte desses pilares e, analisando na forma de dados concretos fica mais fiel o entendimento de como varia o mercado em determinadas épocas.

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Sendo assim, a partir disso é possível fomentar melhores estratégias e táticas acerca das medidas para serem tomadas partindo da indústria, do governo, além dos próprios consumidores e comerciantes.

Dessa maneira, surge então uma série de índices com a função de medir e fornecer os dados mais precisos da economia, como o ICC, ICEI, e também o ICI.

ICC no caso se refere ao Índice de Confiança do Consumidor, ICEI significa o Índice de Confiança do Empresário Industrial, e, por fim, o ICI diz respeito ao Índice de Confiança da Indústria.

Neste artigo, trataremos com mais afinco sobre o chamado Índice de Confiança da Indústria (ICI).

Esse índice é o carro chefe no que diz respeito ao sistema industrial no Brasil, pois ele se refere ao nível de otimismo e pessimismo de todo setor industrial em relação ao mercado financeiro.

Além disso, tem função de comparar parâmetros que envolvem a situação econômica atual com projeções do futuro e expectativas, o que caracteriza esse indicador como muito completo.

Como esse levantamento é realizado?

O Índice de confiança da indústria deve ser realizado de forma muito criteriosa abordando um aspecto geral da intenção da indústria perante ao mercado financeiro e econômico.

Portanto, são estabelecidos os parâmetros de pesquisa advindos da CNI (Confederação Nacional da Indústria) e pela instituição FGV (Fundação Getúlio Vargas).

No caso do ICI, a coleta dos dados é realizada num período já programado, que se refere a todo mês, sendo feito nas três ou quatro primeiras semanas de cada um deles.

No mais, esses dados são coletados a partir das empresas independentemente do tamanho, podendo ser de pequeno, médio ou grande porte.

Após isso, é processado o cálculo para obter os valores com máxima precisão, a partir de uma média ponderada de alguns fatores, como por exemplo:

  • Grau de demanda mundial e dos estoques (atual);
  • Circunstâncias dos negócios (atual e prevista);
  • Produção e emprego (previsão).

Por fim, após obtenção dos valores, esses serão analisados e posicionados sobre uma medida no valor de cem (100) pontos.

Então, se esse valor obtido ultrapassar o valor cem, significa que há um certo otimismo do campo industrial com a atual situação dos negócios, além de uma boa perspectiva para o futuro.

Caso contrário, se o valor for avaliado como menor que cem pontos, isso indica que o setor industrial enxerga com pessimismo e pouca perspectiva dos rumos que os negócios brasileiros estão.

Confiança da Indústria no Brasil

Segundo os dados mais recentes publicados pela FGV, levando em conta o final do ano de 2020 e início de 2021, foi possível observar que existiu uma alta na taxa de valores.

Afinal, desde o mês de abril de 2020 vem acontecendo aumento do índice, no qual em abril estava quantificado no valor de 58,2 chegando a 114,6 em dezembro do mesmo ano.

Portanto, foi possível perceber que houve altas sequenciais do Índice de Confiança da Indústria.

Porém, no levantamento realizado referente ao mês de janeiro de 2021, foi observado a primeira queda em relação aos últimos oito meses, desde abril de 2020.

No qual esse valor foi de 114,6 pontos para 111,4 pontos, o que mostra certo recuo quanto às perspectivas da indústria perante a instabilidade de mercado que permanece.