Os financiamentos imobiliários concedidos por instituições financeiras para aquisição e construção de novos imóveis no País totalizaram R$ 97 bilhões no primeiro semestre, alta de 124% em relação ao mesmo período do ano passado, quando chegaram a R$ 43,4 bilhões.
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O montante já é maior do que o valor de todo o ano de 2019 – portanto, antes da pandemia –, com R$ 78,7 bilhões.
Os dados, divulgados ontem, são da Abecip e mostram valores de crédito imobiliário disponibilizado pelas instituições financeiras com recursos das cadernetas de poupança.
De acordo com a associação, foram 417,9 mil imóveis financiados no primeiro semestre de 2021, o melhor na série histórica pós-Plano Real. A alta foi de 160,1% em relação a igual período de 2020.
Somente em junho, foram concedidos R$ 19,66 bilhões, maior volume nominal mensal da série histórica iniciada em 1994.
No mês passado, foram financiados, nas modalidades de aquisição e construção, 86,2 mil imóveis, resultado 160% maior, comparado a junho do ano passado.
“O mercado vem numa aceleração de concessão de crédito imobiliário. Depois do susto inicial da pandemia, no ano passado, com a retomada de atendimento dos cartórios e incorporadoras, o mercado voltou a acelerar.”
“O semestre refletiu essa aceleração. É um momento bastante favorável, com imóveis a preços relativamente baixos, e os juros também, como nunca se viu na história recente”, afirmou o diretor executivo da associação, Felipe Pontual. A entidade espera fechar o ano com R$ 195 bilhões em financiamentos.
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Mercado deve continuar a crescer
A expectativa da Abecip é que o mercado continue a crescer nos próximos meses. A previsão é de crescimento de 57% no ano fechado de 2021, para R$ 195 bilhões concedidos em crédito imobiliário, o que configura novo recorde histórico.
“A maioria dos setores da economia foi fortementente afetada pela pandemia. Agora, com o avanço da vacinação e a retomada econômica, muitas pessoas que não tiveram a condição de comprar um imóvel devem procurar o financiamento”, afirmou o presidente da Acigabc, Milton Bigucci Júnior.
Segundo ele, com as condições disponibilizadas atualmente, este é o momento para quem quer investir.
“A hora de comprar imóvel é agora, porque, com a alta de material de construção acontecendo, demanda alta e a possibilidade de aumento na taxa Selic, a tendência é que os imóveis tenham alta de preços.”
“Ou seja, quem comprar agora vai ter a valorização em pouco tempo. E mesmo essas altas nos preços não devem prejudicar o mercado”, finalizou o dirigente da associação do Grande ABC.
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