É boa a sensação de comprar ações baratas, mas dói muito ver a bolsa de valores ceder mês a mês.
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Para quem esteve na bolsa desde janeiro de 2016, a vida foi fácil, até mesmo nos momentos mais difíceis.
Para toda queda de 10% do topo histórico que houve, rapidamente o mercado de ações se recuperou.
Isso explica a alta praticamente em linha reta de janeiro de 2016 a janeiro de 2020.
Mas esse gráfico não mostra apenas a parte bonita da história.
Também podemos ver a morte lenta do investidor entre 2011 e 2016, onde o mercado, a passos lentos, foi dos 70 mil para os 38 mil pontos.
Para o investidor é muito mais penoso a morte a conta gotas durante um longo período do que uma abrupta queda de 50% tal qual ocorreu no estouro da pandemia.
A queda lenta do Ibovespa traz consigo alguns requintes de crueldade.
De junho para cá o mercado testa as convicções de investimento dia após dia.
Antes um simplista (e até errado) discurso de “caiu, comprou” serviu ao menos para atrair o investidor pessoa física para a bolsa.
O acerto pelo processo errado acostumou mal o investidor.
Agora, a cada queda o investidor amarga, por mais convicto que esteja nas suas empresas escolhidas, vem o questionamento se vale a pena tentar pegar a faca caindo.
O preço médio, tão lindo quando os mercado estão estruturalmente eufóricos, se torna um deprimente preço “mérdio” em períodos de morte lenta.
Soma-se a isso, temos uma eleição no ano que vem e a volta da, antes dada como morta, renda fixa.
É a tempestade perfeita.
Não há julgamentos para quem está desesperançoso e cansado.
Para o mais experiente e sábio investidor esse é, sim, um período difícil.
O que está ao nosso alcance, no momento, é agir de forma inversa ao nosso sentimento.
Parcimônia, disciplina, paciência e diversificação são sempre bem-vindas no processo.
Tudo passa.
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A 130 mil pontos tínhamos uma legião de investidores esperando um momento mais adequado para comprar mais barato.
A 104 mil pontos temos uma legião de investidores esperando definições sobre o futuro para retomar os investimentos.
Esses discursos não casam, mas são proferidos pelas mesmas pessoas.
Inebriados pela ressurreição da renda fixa, o investidor médio está deixando de olhar para aquelas ações que em 5 anos terá se arrependido de não comprar aos preços atuais.
O cenário atual apenas mostra que a vida do investidor é dura e não é aquele céu de brigadeiro que tivemos de 2016 a 2020.
Hoje vemos que o bom investidor não é aquele que não fica desanimado, mas aquele que mesmo desanimado segue o plano inicial.
Lembre que não precisa de muito para todo o discurso do investidor mudar.
Se a positividade tóxica é ruim nos momentos bons, o mesmo vale para o catastrofismo nos momentos difíceis.