Alta de 1.615% em um ano.
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Esse foi o exato crescimento percentual dos lucros das empresas ao compararmos aos resultados do 2T2020.
Ok, Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) acabam distorcendo um pouco esse número já que apresentaram resultados colossais.
Se excluirmos os resultados das duas empresas, o crescimento dos lucros permanece expressivo: 1.026%.
Contudo, precisamos considerar um fator muito importante: a base de comparação é muito baixa.
Em 2020, atravessamos todas as consequências econômicas geradas por uma grave pandemia, em especial durante o 2T2020, quando as restrições foram mais rígidas.
Por outro lado, até mesmo os analistas mais otimistas, não foram capazes de prever esse crescimento tão robusto dos resultados.
Todo mundo sabe que no final da história o que faz as ações se valorizarem é o crescimento dos lucros das empresas.
Para ilustrar o que estou dizendo, veja os gráficos dos lucros (linha laranja) e das cotações (linha azul) para a FLRY3:
Gráfico dos lucros (laranja) e das cotações (azul) para a SULA11:
Agora veja o gráfico comparativo dos mesmos indicadores para a WEGE3:
Não existe como descorrelacionar os lucros da empresa com o desempenho da ação, principalmente se analisarmos janelas temporais mais longas.
Entretanto, a reação dos preços frente ao crescimento dos lucros, não é imediata.
Se o mercado financeiro é maluco no curto prazo, no longo prazo ele dá um show de sensatez.
Quando paramos para avaliar essa relação entre lucro, preço e longo prazo, podemos concluir que o sucesso dos investimentos depende da nossa capacidade de encontrarmos empresas que irão gerar lucros crescentes lá na frente.
Quando uma empresa já tem a tradição de apresentar esse perfil de resultado, como é o caso da Weg, geralmente encontramos uma ação cara.
Mas quando pegamos empresas com resultados temporariamente ruins (mas que irão se recuperar mais lá na frente), podemos encontrar as maiores barganhas da bolsa.
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O segundo caso é mais desafiador, pois nos expõem a empresas que não estão tecnicamente com uma saúde financeira estável nos negócios.
A contrapartida de assumir esse risco é o retorno potencial do acerto.
Se os lucros justificam os preços, quando uma empresa está apresentando lucros decrescentes ou até mesmo prejuízo, é natural que os preços das ações estejam descontados.
Se for possível enxergar a capacidade de melhorias nessa empresa e possível entrega de valor no futuro, ela pode se tornar um investimento que vale a pena.
Para você ter uma ideia, na carteira do canal Joias da Bolsa, uma das empresas gerou um prejuízo superior a R$ 300 milhões no segundo trimestre de 2020, já no segundo trimestre de 2021 o resultado foi um lucro de R$ 235 milhões.
É sobre isso.
A ação desde o segundo trimestre de 2020, já subiu mais de 60%.
Mas isso não é nada.
O efeito do crescimento dos lucros como já foi mencionado será percebido de forma robusta no longo prazo.
Por isso é importante termos clareza das empresas que irão apresentar crescimento dos lucros, além de paciência para que o tempo torne o investimento inicial e fortuna.
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Obviamente que para ter "certa" clareza de quais empresas irão apresentar evolução dos lucros, se faz necessário a utilização de técnicas profissionais.
E acredite, estamos sujeitos a erros. Daí a importância de se comprar muito barato.
Para descobrir quais são as ações com esse potencial para a carteira do Joias da Bolsa, bebemos na fonte do Value Investing clássico, estratégia de investimento que me permite entender o negócio, descobrir se a empresa está barata e a direção dos resultados.
Em posse dessas informações as decisões se tornam mais certeiras, sempre ciente dos riscos envolvidos e das inevitáveis turbulências à frente.
Contudo, no longo prazo, a consequência é o sucesso e é isso que venho aplicando na carteira do Joias desde 2019.
