Este artigo é o primeiro de uma nova série de conteúdos no The Capital Advisor, na qual apresentamos oportunidades para alocação internacional

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Aplicar uma parte dos seus recursos fora do país é um caminho para aumentar a diversificação e reduzir os riscos na sua carteira de investimentos.

Porém, muitos brasileiros ainda não conhecem essa possibilidade ou não se sentem confortáveis para explorá-la. O principal motivo é a falta de informação. 

Por isso, nesta série de conteúdos, vamos apresentar as informações fundamentais que você precisa saber sobre cada uma das principais oportunidades de alocação internacional.

A primeira delas é o Hedge da Carteira em Ouro.

Quais são os pilares de uma estratégia de alocação internacional?

Antes de começar a falar em hedge de ouro e porquê essa é uma boa oportunidade de alocação internacional, é importante que você tenha clareza em relação aos pilares de uma estratégia de alocação internacional.

Para determinar como aplicar recursos fora do Brasil, é preciso levar em consideração três pilares:

  • rentabilidade;
  • liquidez;
  • segurança.

Eles estão fortemente relacionado.

Por exemplo, de maneira geral, quanto maior a rentabilidade, menor a segurança, pois risco e retorno caminham juntos.

Assim, o primeiro passo para a alocação internacional, além de conhecer as oportunidades, consiste em refletir sobre a sua proporção ideal entre rentabilidade, liquidez e segurança.

O segundo passo é usar essas informações para identificar, dentre as opções de investimento no exterior mais compatíveis com seu perfil e, assim, traçar uma estratégia personalizada.

O que é Hedge da Carteira?

Hedge é um termo em inglês, que pode ser traduzido como cerca ou limite. No mercado financeiro, ele é usado para descrever um investimento realizado com o objetivo de limitar o impacto sofrido pela flutuação do preço de outros ativos.

Em outras palavras, é uma estratégia de proteção, que ajuda a conter as perdas sofridas pelo investidor em seus investimentos principais.

Existem várias formas de fazer um hedge. Um dos tipos mais comuns é o hedge cambial.

O hedge cambial consiste na compra de moeda norte-americana, o dólar.

Como ela é a verdadeira âncora da economia global (afinal, a grande maioria das negociações internacionais é feita em dólar), ela é considerada uma moeda forte e está menos sujeita a desvalorizações significativas.

Por isso, quem faz um hedge cambial está mais protegido nos momentos em que moedas nacionais, como o real, perdem poder de compra.

O tipo de hedge que nos interessa neste artigo, no entanto, é outro: o hedge em ouro.

Por que Fazer Hedge em Ouro?

Uma das formas de fazer um hedge é buscando ativos fortes, que sofrem menos com a flutuação de preço, até nas situações de crise extrema. Um desses ativos é o dólar, como você já viu: uma moeda forte. 

A ideia por trás de um hedge em ouro é a mesma. Apesar de não ser mais a base do sistema financeiro, ele ainda é considerado um dos ativos mais fortes e, portanto, mais seguros do mundo.

Dessa forma, o capital que está investido em ouro fica protegido durante os períodos de crise, evitando que o investidor tenha perdas excessivas.

De fato, o preço do ouro pode aumentar durante as situações de crise, gerando um retorno positivo para o investidor que fez um hedge.

A crise gerada pela pandemia de novo Coronavírus permite verificar esse fenômeno na prática. Entre janeiro e começo de agosto deste ano, o preço da onça-troy de ouro acumulou alta de +34,14% no mercado internacional.

Isso acontece justamente porque muitos investidores vão atrás dessa segurança, um movimento chamado de “flight to quality”, ou “voo para a qualidade”.

Assim, com o aumento da demanda, o preço sobe – e quem já tinha investido obtém um ganho pela valorização do ouro.

gráfico lucro com proteção hedge em ouro

Como Fazer Hedge da Carteira em Ouro?

A boa notícia é que a alocação internacional em um hedge em ouro pode ser feita com facilidade.

O ouro, em si, é um ativo negociado no mercado internacional. Por isso, ainda que você esteja usando sua corretora de valores habitual e fazendo a operação por meio da B3, esta é uma forma de alocação internacional.

Uma das alternativas é comprar cotas de fundos de investimento em ouro. Como o nome indica, são fundos em que a composição principal da carteira de ativos é formada por ouro, seja por contratos à vista ou futuros.

A vantagem de escolher os fundos de investimento é que você não precisa se preocupar com a gestão do investimento em ouro.

Além disso, o preço das cotas é mais acessível para quem não tem muito capital disponível para fazer seu hedge em ouro.

Por outro lado, é importante estar atento à composição total da carteira definida pelo gestor, observando quais outros ativos ele selecionou.

Outra alternativa é operar diretamente com o ativo, comprando contratos à vista e futuros de ouro, ou até mesmo opções de contratos de ouro.

É possível negociar com o lote padrão, que é de 250g, ou com frações de 10g e 0,225g.

A vantagem de optar pelos contratos de ouro é que você terá um hedge 100% formado por esse ativo. Isso pode trazer uma proteção maior, já que, como vimos, o ouro ainda é um dos ativos mais seguros do mundo.

Porém, esses contratos podem ter uma liquidez mais baixa do que as cotas de fundos. Isso significa que, se você precisar vendê-los, talvez não encontre compradores imediatamente.

Vale a Pena Fazer Hedge em Ouro?

Com o preço do ouro aumentando progressivamente desde o começo do ano, muitos investidores se perguntam se ainda vale a pena apostar nesse ativo para fazer seu hedge.

Para responder a essa questão, é preciso lembrar do conceito de hedge: uma estratégia para a proteção do capital. Ele não tem o objetivo principal de gerar retorno, mas de limitar as perdas.

Por isso, o investidor não deve estar preocupado com o quanto ele ainda pode ganhar fazendo um hedge em ouro. O mais importante é o quanto você evita perder alocando uma parte do seu capital nesse ativo.

Talvez a fase de valorização do ouro esteja no fim, ou já tenha acabado. Mesmo assim, ele continua sendo uma das melhores oportunidades de alocação internacional para a formação de um hedge.

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