Nas redes sociais eu compartilho muito conteúdo sobre FIIs e quem me acompanha sabe que eu não resisto a uma zoeira, piada, sarcasmo ou um deboche de leve.

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Aí que fui fazer uma piada com um(a) certo(a) presidente (com E) e veio gente encher o saco por causa de política.

A pessoa ignorou a piada e focou na posição política dele, sem sequer saber a minha.

Isso me fez pensar: O que alguém escolhe ouvir diz mais respeito a ele do que a quem falou.

Tem gente que ouve com uma cabeça construtiva e extrai as coisas boas dali.

Tem gente que ouve com uma cabeça fechada nos seus próprios demônios e só vê ofensa.

Cuidado com a predisposição que você tem para entender o que você vê ou ouve. Isso vale para tudo, inclusive investimentos.

No meu Instagram, é melhor estar predisposto a ver bom conteúdo e humor, do que procurar ofensas e motivos para se irritar.

Já fui tachado de machista, homofóbico, bolsominion, entre tantas outras coisas que estão na moda de ser xingado.

Os que mais xingam são os que menos me conhecem.

Ou seja, o julgamento não é sobre mim. É sobre quem julga.

O julgar faz parte da nossa vida. Fazemos isso todo dia o dia inteiro.

Quando investimos, fazemos isso constantemente.

Eu, inclusive, sou pago para isso. 

Analisar um FII é julgar um FII.

É por isso que quando eu vou “julgar” um FII, eu preciso me cuidar para que não seja sobre mim, mas sim sobre o próprio FII.

A maior armadilha para o investidor é se apaixonar por um ativo ou mesmo odiá-lo.

O amor e o ódio nos cegam.

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Quantas paixões você já teve na vida, onde logo em seguida você pensou: “como é que eu fiquei tanto tempo com esse(a) pentelho(a)?”

A gente se apaixona por uma qualidade específica e negligencia todo o resto.

“Aquele FII tem contratos atípicos de longo prazo com renda muito boa! Nossa que maravilha!!”

Aí o cidadão compra e vai ficando com o fundo imobiliário.

O tempo passa e o vencimento desse contrato se aproxima. 

Aí o cidadão olha para o imóvel, que é o que restará no final, e se dá conta que ele é bem ruinzinho e que o fundo vai ter problemas em achar outro inquilino.

Só que agora é tarde demais. 

Todo mundo já se deu conta e a cota já caiu.

Cuidado! 

No final, esse resto cobra um preço caro.

Para me blindar desse tipo de armadilha, eu criei um método para selecionar os melhores FIIs do mercado financeiro.

Um método que pensasse primeiro nos problemas que eu não queria ter, nos defeitos que eu não toleraria, para só então eu começar a olhar para as qualidades.

Assim, quando eu visse as qualidades e corresse o risco de me apaixonar por um FII, eu já estaria em terreno seguro.

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Eu precisava me defender da predisposição natural de todo investidor de se apaixonar por um FII qualquer.

Assim eu documentei o método, quase como um passo a passo de receita de bolo.

Da mesma forma que eu criei esse método para que o meu julgamento não expressasse mais meu otimismo ou pessimismo com determinado ativo ou mercado, você deve se atentar para fazer o mesmo.

Chama-se Método Fayh.

Consiste em fazer uma triagem com 7 critérios objetivos, que vão filtrar os mais de 250 FIIs da bolsa de valores e deixar sobrar uns 40 e poucos.

Desses, eu olho de perto e ainda tiro mais alguns que eu não gostei.

Depois eu defino um preço teto a se pagar por cada um deles.

E finalmente, com os que sobraram na lista e estão num bom preço, eu monto o portfólio.

Semanas atrás eu rodei o Método Fayh e sobraram 16 FIIs dando sinal de compra.

Hoje, com o mercado financeiro em alta, são 9 FIIs.

Todo dia pode mudar de acordo com os preços.

Mas o que fica é: sempre haverá uma lista com os melhores FIIs do mercado que estão baratos.

Basta olhar para eles friamente sem nenhum viés de amor ou ódio.

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