Este artigo foi escrito na segunda-feira (1) à tarde e até onde tudo apontava, Arthur Lira (PP-AL) levaria a presidência da Câmara dos Deputados.
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O mercado financeiro estava gostando da notícia e isso trazia alívio para a bolsa de valores.
Mas o que tudo isso quer dizer na prática?
Bom, Lira representa a parte do Centrão que está aliada ao governo, diferente de Maia, opositor ao Executivo e que lançou o candidato Baleia Rossi (MDB-SP) como o seu possível sucessor.
Fato é que com Lira na presidência da Câmara se encerra qualquer desculpa para o governo colocar as suas pautas para andarem no Congresso Nacional.
Se exaure o argumento de que o Congresso atrapalha tudo.
Certamente, independente da pauta, o Executivo deverá ter o caminho facilitado para aprovações com Lira na Câmara.
Mas tudo na vida tem um custo e, obviamente, Lira não está apoiando o governo de graça.
No momento em que assumir a presidência, Lira deve cobrar as pautas que também são de interesse do Centrão.
E não dá para sermos ingênuos.
Estamos no Brasil e sabemos que o Centrão é um saco sem fundo de demandas e favores.
Esse sempre foi o nosso presidencialismo de coalizão e não há por que pensar que poderia ser diferente.
De toda forma, sabendo disso, o mercado aumenta o seu apetite pelo risco, ainda mais com a frustração da expectativa de uma iminente greve dos caminhoneiros.
Ao que tudo indica, o ano de 2021 será bom para os mercados, apesar de Brasília.
Pautas relevantes como a Reforma Administrativa ou até uma Tributária podem passar.
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Não digo que será fácil, afinal temos um sem número de problemas a serem resolvidos.
Mas até onde nossa vista alcança poderemos projetar aspectos favoráveis.
E quais são eles?
As commodities devem puxar a bolsa brasileira para cima.
O fluxo estrangeiro deve se voltar mais intensamente aos mercados emergentes, sendo o Brasil um dos principais emergentes do mundo.
Teremos uma retomada da atividade com mais força conforme a imunização vá fazendo o efeito esperado.
E, sabendo de todos os riscos que estão à volta, ainda assim me parece insensato não se investir na bolsa de valores neste exato momento.
Reforço: tem muita coisa boa e barata dando sopa e que talvez não vejamos mais nos preços atuais.
Dá para se correr um risco inteligente, comprando ações de boas empresas que estejam cotadas a preços razoáveis.
Quando tudo estiver indo muito bem não sobrará nada barato.
Lembre-se que um colchão de liquidez e a diversificação nunca fizeram mal a ninguém.
O pior vai passar e o melhor ainda está por vir.