A demanda por transportes rodoviários de cargas no Brasil havia registrado, ao final de julho, uma recuperação de 51% na comparação com os piores momentos da pandemia de coronavírus, indicou pesquisa divulgada nesta quinta-feira pela NTC&Logística.

Carteira Recomendada? Faça um Diagnóstico Online e Receba uma Carteira Gratuita.

O índice registrou uma recuperação gradual de 15 semanas entre o auge da queda —verificado em meados de abril— e o final do mês passado, quando atingia perda de 22% em relação aos níveis pré-pandemia, segundo a associação de empresas do setor.

Melhores Negócios para Investir Hoje? Veja a Melhor Empresa para Receber Dividendos.

A queda brusca registrada quando as medidas de isolamento social atingiram um ápice no país chegou a levar a demanda a uma variação negativa de 45,2% em abril, com os segmentos de shopping centers e indústria automobilística figurando entre os mais impactados.

Mas desde então, com a flexibilização das medidas de quarentena, o setor vê uma retomada gradual, e estima que o impulso das festas de final de ano ajudará a acelerar o movimento de recuperação.

“Esperamos, com a abertura total de shoppings e lojas, restaurantes, enfim, que volte à normalidade em três meses, com o fim do ano, com Natal e Ano Novo”, disse à Reuters o presidente da NTC&Logística, Francisco Pelucio.

Em relação à carga fracionada, que contém pequenos volumes e apurava variação negativa de 17,9% ao final de julho, Pelucio acredita que o período que se aproxima pode ajudar a ampliar a retomada, aliada ao crescimento do comércio eletrônico.

Ele destacou as recentes compras de caminhões por empresas do setor em meio à retomada da demanda —neste mês, por exemplo, o Grupo Vamos, da JSL (JSLG3) adquiriu 1.350 caminhões da Volkswagen e a Braspress acertou a compra de 235 veículos da Mercedes-Benz.

Para a carga lotação, que ocupa toda a capacidade dos veículos e costuma ser usada nas áreas industriais e agrícolas, o agronegócio é visto como um importante fator de impulso —especialmente com as expectativas para a safra de soja 2020/21, estimada em um recorde de 130,7 milhões de toneladas em pesquisa da Reuters com analistas.

“O pessoal do agronegócio está preparando a plantação para a próxima safra, que promete ser um recorde... No tempo meio parado na safra, estivemos com 25% negativos na carga lotação, mas isso deve melhorar”, disse Pelucio.

De acordo com a pesquisa da NTC&Logística, o agronegócio esteve entre os setores menos impactados desde o início da pandemia, com variação negativa de 23,8% ante o nível normal, próximo a segmentos como a indústria farmacêutica, o setor químico e agroquímico e os supermercados.

Resultado da JSL no Segundo Trimestre de 2020

O resultado da JSL (JSLG3) no segundo trimestre de 2020 (2t20), divulgado no dia 13 de agosto, apresentou um lucro líquido de R$ 156,6 milhões, alta de 120% em relação ao mesmo período do ano anterior.

O Ebitda da JSL atingiu R$ 1,2 bilhão no 2t20, apresentando crescimento de 5,3% na comparação com o 2t19.

A margem ebitda foi de 56,7%, um crescimento de 7,1 p.p. quando comparado ao 2t19.

Já a margem líquida da JSL atingiu 7,1% no 2t20, apresentando crescimento de 4,2 p.p. na comparação com o 2t19.

As ações da JSL (JSLG3) acumulam alta de 5,09% na bolsa de valores nos últimos 7 dias e alta de 91,23% nos últimos 12 meses.

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.

Fonte: Reuters.