O presidente chinês, Xi Jinping, fez uma rara declaração na quarta-feira (22) sobre os objetivos de seu país de atingir suas metas econômicas para o ano.
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Analistas de investimentos reduziram suas previsões para o crescimento do PIB da China para bem abaixo da meta oficial, depois que os rigorosos controles da Covid restringiram a atividade comercial nos últimos meses.
“Vamos intensificar o ajuste da política macroeconômica e adotar medidas mais vigorosas para cumprir as metas de desenvolvimento econômico e social para todo o ano e minimizar o impacto da COVID-19”, disse Xi, de acordo com a CNBC.
Ele não compartilhou detalhes sobre que tipo de medidas seriam usadas para apoiar o crescimento.
As metas econômicas da China para o ano foram estabelecidas em uma reunião em meados de março e incluem:
Desemprego nas cidades de “não mais de 5,5%”, aumento do índice de preços ao consumidor de “cerca de 3%” e crescimento do PIB de “cerca de 5,5%”.
A previsão média do PIB entre os bancos de investimento monitorados pela CNBC é muito menor, de 3,4%.
O Bank of America se tornou o último a cortar no início desta semana, enquanto o Nomura tem a previsão mais baixa de 3,3%.
O Goldman Sachs é o único grande banco de investimentos com previsão de 4% ou um pouco mais.
“Embora a recuperação do crescimento pareça ter acelerado em junho, exceto dramaticamente mais flexibilização das políticas, achamos que a meta de ‘cerca de 5,5% de crescimento do PIB’ continua extremamente desafiadora este ano”, disseram Maggie Wei, analista do Goldman Sachs, e uma equipe em nota na quarta-feira.
Durante seu discurso na cerimônia de abertura do fórum empresarial dos BRICS – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, Xi disse que a China coordenou o controle da Covid e o desenvolvimento econômico e protegeria a vida das pessoas e estabilizaria a economia o máximo possível.
O presidente disse que o 20º Congresso do Partido Nacional da China no segundo semestre do ano “delineará o curso para a próxima fase do desenvolvimento da China”.
Ele acrescentou que a China continuará a abrir sua economia e acolherá o investimento estrangeiro.
Impulsionando as vendas de automóveis
Separadamente na quarta-feira, o primeiro-ministro Li liderou uma reunião do Conselho de Estado, o principal órgão executivo, que observou a importância do consumo para impulsionar o crescimento econômico.
A reunião pediu em particular medidas para apoiar as vendas de automóveis e estimou um aumento de 200 bilhões de yuans (US$ 29,85 bilhões) nas vendas relacionadas a automóveis este ano como resultado.
Isso representa cerca de 0,5% do total de vendas no varejo da China em 2021, de acordo com o Goldman Sachs.
Fonte: CNBC