O que é capitalismo
O capitalismo é um sistema econômico baseado na propriedade privada, na busca pelo lucro e trabalho assalariado.
→ Carteira Recomendada? Faça um Diagnóstico Online e Receba uma Carteira Gratuita.
A obtenção do lucro e a acumulação do capital dentro do capitalismo dão-se por meio da posse privada dos meios de produção,
O capitalismo surgiu em um processo lento e arrastado, com transformações que foram incrementadas pouco a pouco.
Ou seja, a ruptura com o sistema anterior não foi marcada por um evento único no tempo.
A gestação do capitalismo ocorreu na transição histórica para a Idade Moderna e no desenvolvimento do mercantilismo, ainda no século XV.
A consolidação desse sistema econômico somente veio a ocorrer no século XIX, com o desenvolvimento da indústria, por meio da Revolução Industrial.
→ Ficou na Dúvida Sobre Investimentos? Baixe Grátis o Dicionário do Investidor.
Características do capitalismo
As características que diferem o capitalismo dos demais sistemas se baseiam em três pontos:
- propriedade privada;
- obtenção de lucro;
- regime de trabalho assalariado.
O sistema capitalista preconiza que o Estado deve garantir o direito de propriedade privada a todos.
É a partir da propriedade privada que os capitalistas (proprietários dos meios de produção) irão assumir o seu papel de organizadores do capital e administradores da produção na sociedade.
Sem o direito à propriedade, estes agentes econômicos não teriam garantias para realizarem as atividades necessárias para produzir os bens e serviços necessários para a sobrevivência e bem estar da sociedade.
Já o papel dos lucros é o de motivar os capitalistas a investi-los na produção.
O lucro é o ganho monetário derivado da receita sobre a venda da produção, sobre o qual são descontados os gastos com capital e salários.
Sendo assim, o objetivo de todo aquele que detém o capital e os meios de produção é obter a maior quantidade de lucro possível por meio de sua atividade econômica.
Por fim, os salários têm como finalidade ser um fator motivador para os trabalhadores.
No capitalismo, a motivação para o trabalho ocorre a partir da sua caracterização como mercadoria.
Uma vez que o trabalho ganha status de mercadoria, ele será precificado no mercado, cujo valor será o salário recebido pelos trabalhadores.
Assim, é a partir do pagamento de um salário que o trabalhador venderá sua força de trabalho, a qual será utilizada pelo capitalista como bem entender dentro do processo produtivo.
A relação entre trabalhadores e os donos do capital, no contexto do sistema capitalista, se dá pela seguinte relação:
- O detentor dos meios de produção, ao buscar o lucro dentro do capitalismo, vai tentar explorar a mão de obra daqueles que não possuem nada além da sua força de trabalho.
- Por sua vez, os que não têm a propriedade dos fatores de produção venderão sua própria força para receber uma compensação financeira (salário) que os permita sobreviverem.
- É por meio desse trabalho assalariado que os trabalhadores terão condições de consumir as mercadorias produzidas pelo capitalismo.
Como funciona o capitalismo
O capitalismo também é conhecido por acoplar um outro tipo de sistema: o sistema de mercado.
O sistema de mercado é uma forma que as sociedades encontraram ao longo do tempo para organizar o comércio dos produtos e serviços.
Sabe-se que os recursos da natureza são finitos, mas as vontades humanas não.
Dessa forma, tanto os preços quanto às quantidades negociadas devem ser definidas pelas leis de oferta e demanda que regem o sistema de mercado.
Quando muitas pessoas querem consumir um bem escasso, as leis de mercado se movimentarão, elevando o preço até o ponto em que a demanda seja igualada à oferta.
Assim, o sistema de mercado permite ao capitalismo se manter de forma equilibrada, igualando as vontades dos consumidores com a disponibilidade de recursos.
Entretanto, apesar do capitalismo ter permitido avanços significativos para a humanidade, e ser também o sistema econômico presente na maior parte do mundo atual, ele não é livre de críticas.
As principais críticas se dão pela existência de crises sistêmicas, que afetam a economia de tempos em tempos, e o quadro de desigualdade social que se mantém mesmo após três séculos de existência.