O que é Capital Próprio?

O Capital Próprio é a diferença entre todo o ativo que uma empresa possui e tudo o que ela deve. 

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Dessa forma, entende-se por capital próprio o patrimônio líquido da organização, sendo ele derivado da integralização dos sócios, acionistas e do próprio lucro operacional.

Para o investidor, conhecer o capital próprio da empresa em que pretende investir se torna essencial,pois por ela é possível conhecer a solidez do negócio. 

Além disso, a avaliação do capital próprio em comparação ao capital de terceiros presente em uma empresa permite conhecer seu grau de alavancagem

A alavancagem é definida como qualquer recurso de endividamento utilizado pelas empresas para ampliar a rentabilidade.

Assim, e de maneira simplificada, se a empresa apresenta alto percentual de capital próprio e um baixo percentual de capital de terceiros, é considerada sólida e pouco alavancada.

Por outro lado, se o capital de terceiros representar um alto percentual na estrutura do capital da empresa  e capital próprio baixo, a empresa demonstra elevado grau de alavancagem. 

Cabe ressaltar, porém, que a lucratividade de uma empresa não está necessariamente atrelada ao volume do capital próprio que uma empresa apresenta. 

Sua avaliação é importante, porém apenas um dos indicadores observados em uma análise fundamentalista

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Vantagens do Capital Próprio

A principal vantagem de que uma empresa possua grande capital próprio é a sua solidez em um cenário de incertezas.

O motivo é razoável: quanto mais dívidas, menor é a confiança creditícia do mercado. 

Sendo assim, espera-se que uma empresa menos endividada tenha mais facilidade em cumprir suas obrigações de pagamentos e, inclusive, tenha mais possibilidades de crédito

Já uma organização com mais dívidas, ou capital de terceiros, assume o risco de, ante eventualidades,  encontrar maior dificuldade em liquidar seus compromissos.

Além disso, uma empresa com uma boa reserva e bastante capital próprio possui poder gerador de maiores dividendos para os seus acionistas.

Uma outra vantagem para a empresa que possui alto capital próprio é a liberdade para investimentos em novas áreas.

Empresas com maior volume de dívidas estão sob constante pressão para cobrirem as suas dívidas. 

Reinvestimento, modernização e outras formas de melhoria se tornam mais complexas de colocar em prática, pois dependem de ainda mais capital. 

Como a pressão do endividamento é menor em uma empresa com mais capital próprio disponível, essa classe de investimentos é favorecida.

Logo, a empresa tende a gerar ainda melhores resultados. 

Através de uma análise fundamentalista, os investidores conseguem identificar essa estrutura de capital da empresa.

Optar por ações de empresas menos alavancadas representa mais segurança e mais lucratividade no final de um período.

Porém, esse não deve ser o único fator a ser levado em consideração no momento de investir em ações.

Afinal, há setores mais saturados, empresas com margens de lucro menores e menos poder de compra junto a fornecedores, apenas para citar cenários possíveis.

A análise de alavancagem é apenas um dos indicadores que precisam ser avaliados antes de investir.

Capital próprio e Capital de terceiros

A diferença entre o capital próprio de uma empresa e o capital de terceiros é sua fonte. 

Enquanto o capital próprio parte da própria empresa, o de terceiros surge por meio, entre outros, de: 

Ao aceitar capital de terceiros, a empresa assume a obrigação de honrar o compromisso pagando a dívida com os juros correspondentes.

Dessa forma, não importa se a empresa gerou lucro ou prejuízo em determinado ciclo de operações: ela deverá pagar a dívida.

O capital próprio, por outro lado, advém de sócios e acionistas, que são remunerados com os lucros obtidos, também chamados de dividendos.

Caso a empresa não consiga gerar lucro em um determinado período, os acionistas e sócios da empresa deixam de receber seus dividendos, pois são partícipes dos resultados de forma direta. 

Esse é o real motivo de que o mercado considere uma empresa com alto valor em capital próprio mais segura que uma muito alavancada.

Afinal, não existem obrigações de pagamento como tal.

Cabe ressaltar, porém, que existe o formato conhecido como juros sobre capital próprio (JCP), sendo esta uma outra forma de remunerar os acionistas. 

Seja como for, a avaliação da estrutura de capital de uma empresa não é tão simples. O volume de capital próprio não define de forma rígida a qualidade dela como investimento. 

De fato, é comum encontrar empresas com volume representativo de capital de terceiros destinado a ampliar sua lucratividade. 

Assim, o investidor deve permanecer atento a uma relação de alavancagem sadia e a outros indicadores antes de investir.