O Brasil superou nesta quarta-feira o patamar de 2 mil mortes em um único dia pela Covid-19 pela primeira vez desde o início da pandemia, com o registro de 2.286 novos óbitos e 20 estados entram em zona de alerta máximo.

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Com os números de mortes desta quarta, o total de vítimas fatais da doença no país a 270.656, segundo o Ministério da Saúde.

A cifra eclipsa o recorde de mortes para um só dia que havia sido estabelecido na véspera, quando o Brasil contabilizou 1.972 óbitos por Covid-19.

Além disso, também foram reportados 79.876 novos casos de coronavírus no país, com o total de infecções confirmadas atingindo 11.202.305, de acordo com os números da pasta.

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A Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) alertou para a situação preocupante do Brasil.

O gerente de incidentes da entidade, Sylvain Aldighieri, afirmou que o país precisa de medidas de saúde pública "muito rígidas" para conter a disseminação do vírus.

O presidente Jair Bolsonaro, no entanto, tem criticado repetidas vezes governadores e prefeitos que adotam restrições mais fortes em relação à circulação de pessoas como forma de contenção do vírus.

De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), 25 das 27 capitais possuem situação crítica de ocupação de leitos de terapia intensiva (UTI), com taxa acima de 80%, e 20 unidades federativas na zona de alerta máximo.

Nesta quinta-feira, o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, colocou como pontos principais do combate à forma mais grave da doença:

  • atendimento imediato após os primeiros sintomas;
  • aumento da oferta de leitos;
  • acompanhamento epidemiológico e a vacinação em massa.

"Hoje nós temos focos (da Covid-19) pelo Brasil que precisam ser tratados de forma direta e com eficiência e eficácia", disse Pazuello em discurso em evento no Palácio do Planalto, fazendo referência ao avanço da variante mais transmissível da doença, inicialmente detectada em Manaus.

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Segundo país com maior número de óbitos por coronavírus no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, e terceiro em termos de casos, abaixo dos EUA e da Índia, o Brasil enfrenta seu pior momento da pandemia.

Estado mais afetado pelo coronavírus em números absolutos, São Paulo alcançou as marcas de 2.149.561 casos e 62.570 mortes.

"Aceleramos --e aceleramos muito (nos índices da pandemia)-- em um período muito curto, com grande número de pessoas sendo comprometida de uma única vez", disse em entrevista coletiva o secretário de Saúde paulista, Jean Gorinchteyn.

Ele destacou que os atuais números de mortes e internações no Estado já superam os picos atingidos na primeira onda da pandemia, entre julho e agosto do ano passado.

A cada dois minutos, segundo Gorinchteyn, há três doentes de covid-19 nos hospitais paulistas.

Conforme os números do Ministério da Saúde, Minas Gerais é o segundo Estado com maior número de infecções pelo coronavírus registradas, com 938.811 casos, mas o Rio de Janeiro é o segundo com mais óbitos contabilizados, com 33.893 mortes.

O governo ainda reporta 9.913.739 pessoas recuperadas da Covid-19 e 1.017.910 pacientes em acompanhamento.

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Fonte: Reuters