Ato a favor do governo em Brasília neste domingo, 31/05, incluiu defesa de medidas inconstitucionais e antidemocráticas.

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Manifestantes se reuniram ontem, 31/05, em Brasilia, organizando um ato a favor do governo do presidente Jair Bolsonaro. Os participantes seguiram pela Esplanada dos Ministérios, em direção à Praça dos Três Poderes.

O presidente Bolsonaro sobrevoou o ato com o helicóptero. Depois, foi até a frente do Palácio do Planalto e percorreu a pé, sem máscara, o cercado onde os manifestantes se aglomeravam. Mais tarde, cavalgou entre as pessoas em um cavalo da patrulha militar.

O presidente, assim como parte dos participantes da manifestação, não usavam máscaras.

As manifestações são reflexo da crescente tensão política no país, que fomenta um clima de incerteza para a sociedade e também para o mercado.

O próprio presidente admite que a situação é instável; ele publicou em suas redes sociais no último sábado, 30/05, que "tudo aponta para uma crise".

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Intervenção Militar e fechamento do Congresso e STF eram pedidos dos manifestantes

No ato, pessoas foram vistas carregando faixas que pediam a intervenção militar e o fechamento do Congresso e do STF.

Os pedidos são inconstitucionais, pois violam o regime democrático e a separação dos poderes, previstos na Constituição de 1988.

Na semana passada, o ministro do STF Alexandre de Moraes autorizou operação da PF visando apoiadores do presidente, como parte de inquérito que apura esquema de disseminação de fake news e ameaças na internet.

Bolsonaro criticou a operação, dizendo que "ordens absurdas não se cumprem". Seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, acusou o STF de interferência no governo.

Outros atos pró e contra governo ocorreram pelo país

Nesse mesmo domingo, ocorreram outros atos em diferentes cidades do Brasil, como Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro. Manifestações pró e contra governo tomaram as ruas.

O encontro entre os atos dos dois lados causou algum tumulto e houve intervenção da Polícia Militar.

Em São Paulo, seis manifestantes foram presos, e bombas de efeito moral foram usadas para dispersas os participantes. Relatos de quem estava no local dão conta de que apenas os manifestantes do ato contra governo foram visados pela polícia.

O governador do estado, João Doria, defendeu a atuação da PM, afirmando que a polícia agiu para manter a integridade física dos manifestantes.

Doria também disse que estado e município não permitirão mais que protestos de grupos diferentes sejam realizados no mesmo dia e local, a fim de evitar confrontos.

O governador declarou, ainda, que os confrontos enfraquecem a democracia e justificam o discurso autoritário de quem defende a necessidade de intervenção militar. Recentemente, Doria criticou o governo federal.

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