Em meio à aceleração do coronavírus no País, nem as restrições de viagem impostas ao Brasil pelo governo americano ontem, seguraram o desempenho do mercado financeiro hoje.

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Nem os momentos pouco republicanos da reunião ministerial do dia 22 de abril, impediram o Ibovespa (IBOV11) de iniciar a semana subindo a ladeira, com giro financeiro relativamente sólido apesar do feriado nos EUA pelo Memorial Day.

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Puxado pelo segmento de bancos, e com ganhos bem distribuídos a outros setores, como os de siderurgia, consumo, serviços, utilities e construção.

O principal índice da B3 fechou nesta segunda-feira em alta de 4,25%, aos 85.663,48 pontos, atingindo assim o maior nível de encerramento desde 10 de março, aos 92.214,47 pontos.

O giro financeiro totalizou R$ 21,2 bilhões na sessão, com o Ibovespa (IBOV11) oscilando entre mínima de 82.193,33 e máxima de 85.875,60 pontos. No mês, o Ibovespa (IBOV11) avança 6,41%, cedendo agora 25,93% no ano.

"O que aconteceu hoje ainda refletiu o que tivemos no fim da sexta-feira, quando, com o índice a vista já fechado, os futuros do Ibovespa saíram de uma queda de 1% para uma alta de quase 2%”.

“O mercado ainda ia tomando conhecimento do vídeo da reunião de 22 de abril na sexta feira", diz Matheus Soares, analista da Rico Investimentos.

Ele acrescenta que, apesar de todo o ruído em torno da reunião, o ministro da Economia, Paulo Guedes, foi prestigiado pelo presidente Jair Bolsonaro.

No momento em que fazia críticas a outros setores do governo, especialmente a áreas de inteligência, Bolsonaro se referiu a Guedes de forma bem positiva, ministro sobre o qual tinha "zero" a reclamar.

"Em breve fala, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, destacou na reunião a importância do teto de gastos como premissa que permitiu a redução dos juros”.

“Bolsonaro fez uma observação depois, no que pareceu um grau de alinhamento com a equipe econômica e a questão fiscal", acrescenta Soares.

Em outra passagem mais notória da reunião, a retórica urgente utilizada pelo ministro da Economia, ao comentar a necessidade de privatizar o Banco do Brasil (BBAS3), colocou a ação ON da instituição na ponta do segmento nesta sessão, em alta de 10,49% no fechamento.

Entre as blue chips, destaque também para Petrobras (PETR3, PETR4) com ganhos, respectivamente, de 4,34% e 4,20% no fechamento, em dia positivo para o petróleo.

Na ponta positiva do Ibovespa (IBOV11), Via Varejo (VVAR3) subiu hoje 15,57%, seguida por CVC (CVCB3) (+13,07%), Sabesp (SBSP3)(+12,97%), Cyrela (CYRE3) (+12,43%) e MRV (MRVE3) (+12,12%).

A perda de força para os preços da carne brasileira na China colocou as ações de frigoríficos em terreno negativo na sessão, com Marfrig (MRFG3) em baixa de 2,61% e Minerva (BEEF3), de 1,79%.

A acomodação do dólar abaixo de R$ 5,50, a R$ 5,4579 (-2,18%) no fechamento de hoje, contribuiu para segurar mais uma vez as ações do setor de papel e celulose.

Com Suzano (SUZB3) na ponta negativa do Ibovespa, em baixa de 2,36%, superada apenas por Marfrig (MRFG3), com Klabin (KLBN4) logo abaixo (-1,72%), pouco atrás de Minerva (BEEF3). Ao fim, apenas sete ações do Ibovespa fecharam hoje no negativo, entre as quais Vale (VALE3) (-0,34%).

Até o meio da tarde, as compras de ações na B3 estavam concentradas em seis instituições, quatro das quais estrangeiras, com Goldman Sachs na ponta, enquanto XP era a maior vendedora da sessão.

No mesmo intervalo, Banco do Brasil (BBAS3) se mantinha entre as duas mais negociadas ações do dia.

"À parte a questão da saúde, privatização é como música para os ouvidos do mercado."

"E mesmo que a efetiva venda do Banco do Brasil seja algo bem difícil de o Congresso aprovar, a referência ao BB mostra preocupação com a qualidade da gestão, o que acaba ajudando também o papel", diz um operador.

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Fonte: Estadão Conteúdo.