Há algum exagero, não temos dúvidas.

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Ver a bolsa de valores brasileira abaixo dos 100 mil pontos e o real apanhando, enquanto México, Rússia e África do Sul estão na nossa frente parece ser exagero.

Sim, temos uma situação fiscal delicada, não há como negar.

A falta de articulação política para dar andamento a reformas e os constantes imbróglios entre Rodrigo Maia e Paulo Guedes nos tiram a sensação de que as coisas podem ir bem.

Ok, eles jantaram juntos na segunda-feira (5) e selaram a paz.

Já é um primeiro e importante passo.

Resta saber se a partir de agora quem manda nas pautas do governo é Guedes ou Rogério Marinho.

Fato é que o gringo e o investidor institucional não gostaram nada do que viram nos últimos meses e o Brasil ficou para trás.

Pasme, a elevação do risco fiscal gerou um retorno negativo no Tesouro Selic, algo que não se via desde 2002.

Ter retorno negativo na aplicação mais segura do país parece o sinal dos tempos.

O gringo está fora, não quer mais saber de Brasil.

Pelo menos não por enquanto.

Os gestores de fundos multimercado se desalocaram. 

Venderam posições em bolsa brasileira e foram buscar proteção em juro real, metais preciosos e moedas fortes, temendo um avanço da inflação e do câmbio logo a frente.

Temos uma eleição americana e uma temporada de resultados logo a frente para dar uma apimentada nesse jogo.

E para a pessoa física, que vinha muito bem obrigado na bolsa de valores, acabou aquela euforia que durou de abril a julho.

O pessoal se deu conta de que investir na bolsa de valores brasileira não é comprar Via Varejo (VVAR3), IRB-Brasil (IRBR3) e Cogna (COGN3) e achar que tudo vai voar de uma hora para outra e para sempre.

Para além de opiniões e projeções, ficamos muito para trás em relação ao resto do mundo e até mesmo de nossos pares mais semelhantes.

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Ok, não estamos bem, mas sofremos muito mais do que deveríamos.

O Brasil ficou muito barato.

Uma hora voltaremos à média.

Claro, lembrando que nada é barato o suficiente que não possa ficar ainda mais.

Mas dada a relação de risco x retorno que se apresenta, considero uma irresponsabilidade não ter uma pequena parte do portfólio alocado em bolsa.

Como até mesmo Damodaran, o guru do valuation, pondera, existe um magnetismo entre o preço dos ativos e os fundamentos subjacentes.

Agora, quando isso há de convergir? Isso não nos pertence.

Temos que estar cientes de que há riscos à frente e que o que é barato pode ficar ainda mais, quem sabe.

De toda forma reforço que temos uma janela bem favorável, principalmente para a compra de ativos de qualidade.

Ora, já que há riscos (e sempre há), vamos primar pela qualidade daquilo que compramos e pela diversificação, afinal se estivermos errados, perderemos muito pouco e se estivermos certos teremos muito a ganhar.

A Bolsa de Valores brasileira ficou muito barata. Vamos às compras.

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