O bitcoin atingiu nova cotação recorde nesta quarta-feira, um dia depois de a criptomoeda superar a barreira de US$ 50 mil, mesmo com analistas alertando sobre a sustentabilidade de tais preços em meio à elevada volatilidade.

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A maior moeda digital do mundo, que tem um valor de mercado de mais de US$ 900 bilhões, atingiu recorde de US$ 51.721 dólares, alimentado por sinais de que está ganhando aceitação entre os principais investidores e empresas, como Tesla, Mastercard e BNY Mellon.

Apesar da onda de aceitação popular neste ano, alguns analistas alertaram que o bitcoin ainda está longe de se tornar uma forma de pagamento amplamente usada.

"Aconselhamos os investidores a não verem isso como um momento dominante para a criptografia e aconselhamos cautela antes de se envolverem em especulações, já que a criptografia não é uma moeda", disse Mark Haefele, diretor de investimentos do UBS Global Wealth.

O bitcoin aumentou oito vezes desde março passado e agregou mais de US$ 700 bilhões em valor de mercado desde setembro.

O JPMorgan questionou a magnitude do salto na esteira de um fluxo total de apenas US$ 11 bilhões oriundos de investidores institucionais.

O número limitado de bitcoins - baseado em mineradores produzindo um certo número de novas moedas - levou detentores a cobrar um prêmio por bitcoin que levam ao mercado, disseram analistas do JPMorgan.

Os fluxos de varejo também podem ter ampliado os fluxos institucionais, disseram.

"Observamos de perto o claro desequilíbrio entre oferta e demanda nos últimos meses, visto que houve aumento significativo no interesse institucional", disse Brian Melville, diretor de estratégia da Cumberland, da trading DRW, de Chicago.

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Ainda assim, os preços do bitcoin não são sustentáveis ​​a menos que a volatilidade esfrie rapidamente, disseram analistas do JPMorgan, que sinalizaram no mês passado o surgimento do bitcoin como ouro digital.

"O bitcoin, a preços de mercado atuais, já mais que dobrou em relação ao ouro em termos de capital de risco", disseram os analistas, apontando para a volatilidade de três meses da moeda digital, de 87% contra 16% para o ouro.

Separadamente, a corretora norte-americana Wedbush disse que vê menos de 5% das empresas listadas indo para o caminho de investimento em bitcoin nos próximos 12 a 18 meses.

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Fonte: Reuters.