
O francês Bernard Arnault, dono do grupo LVMH e segunda pessoa mais rica do mundo, negou as acusações de lavagem de dinheiro devido a seus vínculos comerciais com o oligarca russo Nikolai Sarkisov.
→ Carteira Recomendada? Faça um Diagnóstico Online e Receba uma Carteira Gratuita.
Em comunicado, a advogada de Arnault, Jacqueline Lafont, disse que as acusações são “absurdas e infundadas”.
“A transação que permitiu a expansão do Hotel Cheval Blanc em Courchevel é perfeitamente conhecida e foi conduzida de acordo com a lei e com respaldo legal. A investigação, aparentemente em andamento, demonstrará esses fatos”, disse ela em comunicado enviado por e-mail no final de semana.
“Além disso, quem poderia imaginar seriamente que Bernard Arnault, que desenvolveu ao longo dos últimos 40 anos a principal empresa francesa e europeia, iria proceder ao branqueamento de capitais para expandir um hotel? Acredito que a natureza insensata destas alegações será reconhecida por todos.”
Na quinta-feira (28), a procuradoria de Paris confirmou que uma investigação sobre suspeitas de lavagem de dinheiro contra Sarkisov está aberta em França desde 2022 e que elas foram ampliadas para incluir transações imobiliárias em Courchevel, localidade turística nos Alpes, que envolvem Arnault.
O jornal Le Monde noticiou, citando um relatório da unidade de inteligência financeira do Ministério da Economia francês, que o oligarca russo teria comprado 14 propriedades no local em 2018 por 16 milhões de euros (cerca de R$ 85,2 milhões), através de uma rede complexa de empresas na França, Luxemburgo e Chipre.
O comprador oficial seria a empresa La Flèche, através da qual ele também teria adquirido outras três propriedades no local por 2,2 milhões de euros (R$ 11,7 milhões), gerando um ganho de capital de 1,2 milhão de euros (R$ 6,3 milhões) para outra empresa, a Croix Realty, da qual ele também seria proprietário através de outra complexa estrutura empresarial.
Para financiar essas operações, Arnault, teria pago a Sarkisov 18,3 milhões de euros (R$ 97,5 milhões) antes de recomprar todas as ações da La Flèche, tornando-se o beneficiário efetivo das propriedades.
“A mudança do beneficiário efetivo das aquisições imobiliárias tende a mascarar a origem exata dos fundos, a complicar as operações e a identificação do real comprador, e a refletir um desejo de ocultar o beneficiário efetivo de todas as aquisições, ou seja, Bernard Arnault”, segundo ao relatório Tracfin citado pelo Le Monde.
Quer Saber Onde Investir?
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.O QUE LER AGORA...
- Notícias
Ibovespa Sobe +0,64% após IPCA-15; MRFG3 +6,77%
- Notícias
Desembolsos de Crédito Rural do Banco do Brasil (BBAS3) Atingem Marca de R$ 100 Bilhões na Safra Atual
- Notícias
Bolsa Brasileira Volta a Atrair Atenção do Capital Estrangeiros e Saldo em Novembro Promete ser o Maior Desde 2020
- Notícias
Assaí (ASAI3) Reduz Investimentos e Desacelera Expansão Diante Custo Pesado da Dívida