O diretor de Política Econômica do Banco Central, Fábio Kanczuk, disse nesta sexta-feira, 22, que a mensagem do Comitê de Política Monetária (Copom) é que, a partir de um determinado limite mínimo da Selic, é necessário cautela em eventuais novos cortes.
→ Carteira Recomendada? Faça um Diagnóstico Online e Receba uma Carteira Gratuita.
"No último Copom, fazia sentido estímulo maior do que o corte de 0,75 p.p, mas temos que botar a estabilidade financeira na conta”.
→ Como Investir no Cenário Econômico Atual? Veja a Melhor Ação de Dividendos Hoje.
“A principal mensagem do Copom é que, a partir de um ponto, tenho que testar limites de forma mais suave" afirmou, em live organizada pelo UBS com investidores institucionais.
O desafio, de acordo com o diretor, é equilibrar o "trade-off" entre o patamar de juros e os efeitos do câmbio na economia.
"Há uma questão de riscos, de questionar se os juros, a partir de certo ponto, gera malefícios para a economia”.
“No caso do Brasil, pensamos que, se for baixando juros, continua tendo efeito de elevar inflação via câmbio", afirmou.
Kanczuk disse que o comitê está "todo unido e pensando da mesma forma" e tem indicações praticas de política monetária.
Ele afirmou, porém, que cada membro tem sua "intuição" e sua própria conta a respeito do limite para a taxa de juros.
Ele reforçou que algumas empresas podem colocar em risco a estabilidade financeira quando há uma variação cambial abrupta, mas que o Banco Central está acompanhando e não vê problemas.
"O BC monitora a estabilidade das empresas em relação a câmbio e não está vendo problema, parece ótimo", completou.
'Effective lower bound'
Sobre a discussão dos limites para a redução da Selic, o diretor disse que "não é riscado na areia", são contas indicativas e que mudam com o tempo e o comportamento do mercado.
"Continuamos entendendo que juro será efetivo para gerar inflação, mas há risco via câmbio. O apetite do comitê para avançar nesse caminho é muito menor", completou.
Ele lembrou que, historicamente, o Brasil sempre teve juros muito maiores do que o patamar representado por juros internacionais mais prêmio de risco.
"Será a primeira vez que limite de 'lower bound' é cruzado no Brasil, tem que ter cautela", completou.
Ele ressaltou que o CDS do Brasil, indicador que mede o risco país, tem sido mais afetado por notícias de risco fiscal, que não são ligadas à taxa Selic.
"Temos que fazer uma conta de juro neutro que incorpore questão fiscal. De um lado vemos o fiscal e questionamento de reformas elevar juros neutro”.
“De outro lado, temos consenso de que pandemia será altamente inflacionária. É um balanço", completou.
Quer Saber Onde Investir?
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.Fonte: Estadão Conteúdo.
O QUE LER AGORA...
- Notícias
SHOW3 +45,73% e OIBR3 -36,54%: Maiores Altas e Baixas de Março
- Notícias
Ibovespa Sobe +0,33% com Apoio do Petróleo; MRFG3 +12,80%
- Notícias
Lucro da Azul (AZUL4) Salta 74,5% e Soma R$ 403,3 Mi no 4T23; Ações caem
- Finanças Pessoais
Ao Construir seu Futuro Financeiro, Siga o Conselho de Richard Thaler