Espetaculares, divisor de águas e próximo ao benchmark do setor, mas com a ação a um valor bem mais baixo.

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Foi assim que os analistas de mercado destacaram os resultados do Banco do Brasil (BBAS3), divulgado na noite da véspera.  

Com isso, a ação BBAS3 tem ganhos expressivos na sessão desta quinta-feira (11): às 10h15 (horário de Brasília), a alta era de 5,48%, a R$ 42,16.

O banco controlado pelo governo federal teve lucro recorrente de abril a junho de  R$ 7,8 bilhões, alta de 54,8% ante mesma etapa de 2021 e bem acima da previsão média de analistas consultados pela Refinitiv, de R$ 6,48 bilhões.

Assim como aconteceu com os principais rivais privados que já publicaram seus resultados do período, o desempenho do BB foi calcado na forte expansão dos empréstimos, com a carteira expandida no fim de junho atingindo R$ 919,5 bilhões, após crescer 19,9% em 12 meses, puxada pelas linhas de cartão de crédito (+51,7%), garantias e recebíveis (+59%) e agronegócio (+27,3%).

Um dos resultados dessa evolução foi o incremento de 45% das receitas com crédito do BB ano a ano, a R$ 26,2 bilhões. 

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Mas o BB foi mais bem sucedido em controlar a qualidade da carteira, com o índice de atrasos de clientes com mais de 90 dias subindo apenas 0,14 ponto percentual em um ano, a 2%.

Com isso, as despesas com provisões do banco para perdas esperadas com calotes tiveram alta residual de 2,3%, para R$ 2,94 bilhões.

Cabe ressaltar que o crescimento neste item para o Bradesco (BBDC4) foi de 52,5%, enquanto a do Itaú Unibanco (ITUB4) foi de 60,6% e o do Santander Brasil (SANB11) teve alta de 24,6%.

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Com isso, o BB elevou a previsão de lucro ajustado de 2022, da faixa de R$ 23 a R$ 26 bilhões para a de R$ 27 a R$ 30 bilhões.

Elevou também a estimativa para a carteira de crédito para 12% a 16%, ante projeção anterior de +8% a +12%, com a margem financeira bruta também agora prevista para R$ 13 bilhões a R$ 17 bilhões (ante 11 bilhões a 15 bilhões).

O banco também mudou a expectativa de incremento das receitas com tarifas e serviços em 2022, de +4% a +8% para +6% a 9%, enquanto a de provisões para perdas com calotes no ano mudaram de R$ 13 bilhões a R$ 16 bilhões para R$ 14 bilhões a R$ 17 bilhões.

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O BB também anunciou que aprovou distribuição de R$ 571,26 milhões em dividendos e R$ 1,63 bilhão em juros sobre capital próprio.

A XP destacou que o banco estatal reportou bons resultados no 2T22 em geral, principalmente devido a um desempenho mais forte na Margem Financeira Bruta (NII), que foi beneficiado pelo sólido crescimento de sua carteira de crédito nos últimos trimestres.

As principais contribuições na carteira de crédito foram de empréstimos Corporate e Agronegócios.

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Isso ajudou a sua Margem Financeira (NII) a atingir R$ 17,1 bilhões no trimestre (+18,9% na base anual), superando a estimativa em consideráveis ​​16%.

“Apesar do crescimento robusto da carteira de crédito nos últimos trimestres e do incremento marginal da inadimplência para 2,00% (+11 pontos-base na base trimestral, ainda sendo o menor entre os bancos incumbentes), as provisões aumentaram levemente no período e levaram seu índice de cobertura a cair para 271% (ainda a mais alta do setor).

“A combinação de um NII mais forte e menor custo de crédito elevou seu lucro líquido recorrente para R$ 7,8 bilhões. Isso implica um ROAE (Retorno sobre patrimônio médio) de 20,6%, um incremento considerável de 2,5 pontos percentuais na base trimestral e de 6,1 pontos percentuais na anual.

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A XP reitera o BBAS3 como a top pick no setor (recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 57 por ação).

Para o Itaú BBA, o BB apresentou resultados espetaculares, com lucro líquido ajustado bem acima das projeções e do consenso.

Praticamente todas as linhas melhoraram e ficaram melhores do que nossas estimativas, com melhorias notáveis ​​no NII de mercado e nas receitas de crédito ao cliente.

A receita de serviços também cresceu (4% trimestralmente) com despesas gerais e administrativas contidas (+1% trimestralmente).

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“A qualidade do crédito foi outro destaque, com uma deterioração de apenas 10 pontos-base na inadimplência”, avalia o BBA, enquanto o guidance foi revisado em 15% para cima.

“No todo, o BB reportou de longe o melhor conjunto de resultados dentro de nossa cobertura bancária nesta temporada. A recuperação, além das revisões de alta dos lucros, provavelmente continuará a impulsionar o preço das ações. Por estar sendo negociado a múltiplos atrativos, reiteramos o BB como nossa primeira escolha entre os grandes bancos”, aponta o BBA.

Para o Credit Suisse, o trimestre do BB foi um divisor de águas, com um desempenho notável.

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Os analistas avaliam que o balanço é difícil de ignorar mesmo para quem não quer correr o risco das estatais.

O BB, apontam os analistas, mostrou um poder de lucro significativo, com um ambiente de taxas crescentes impulsionando as margens de depósito, bom crescimento de empréstimos alimentando o crédito NII, qualidade de ativos bem comportada, custos controlados e forte desempenho na BB Seguridade (BBSE3) e Cielo (CIEL3).

O Banco do Brasil é a principal escolha do Credit Suisse no setor, como junto com o Itaú, mas BB é o mais barato na visão do Credit.

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A recomendação é de outperform (desempenho acima da média do mercado), com preço-alvo de R$ 46.

“Entregando um lucro e rentabilidade aos níveis do Itaú – considerado como o benchmark entre os bancões – o Banco do Brasil definitivamente resolveu provar que não vai ser a eleição presidencial que vai atrapalhar sua trajetória de melhora de lucro, e por consequência, incitando um fechamento do grande desconto de valuation”, avalia a Genial Investimentos.

Com um lucro recorrente de R$ 7,8 bilhões e um ROE 20,2%, o BB finalmente chega no topo do ranking depois de um bom tempo rodando com uma rentabilidade bem aquém dos seus pares privados, destacam os analistas da casa.

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Fonte: InfoMoney.