O Banco do Brasil (BBAS3) informou, nesta sexta-feira, 11, por meio de nota, que a cessão da carteira de crédito do BB para o BTG Pactual (BPAC11) "ocorreu após processo de concorrência que contou com a participação de quatro empresas especializadas neste mercado".

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O PSOL pediu nesta sexta-feira ao Ministério Público Federal que investigue a operação.

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O BB tem sido criticado por partidos políticos e sindicatos por supostamente vender barato demais a carteira de crédito.

Na representação, o partido pede que o MPF investigue o ministro da Economia, Paulo Guedes, o ex-presidente do BB Rubem Novaes e o BTG Pactual.

O PSOL aponta possível direcionamento pela proximidade de Guedes e Novaes com o BTG Pactual.

"O cessionário escolhido foi aquele que apresentou a maior oferta de pagamento à vista e o maior porcentual do rateio de prêmios futuros.”

“A precificação da operação, a avaliação de riscos e a evidenciação da vantajosidade econômica para o Banco do Brasil contaram com o acompanhamento de consultoria externa realizada pela empresa Pricewaterhouse Coopers", afirmou o BB por meio de nota enviada ao Broadcast.

Segundo o banco, os créditos cedidos referem-se a operações que estavam inadimplentes, em média, há mais de seis anos.

"Do total, 98% já estava lançado em prejuízo e os 2% restantes contavam com provisões. Além disso, trata-se de um portfólio de operações ajuizadas, com processos judiciais iniciados há até 15 anos", esclareceu o BB.

A assessoria do banco afirma ainda que a parcela à vista que foi paga pela carteira "superou a estimativa de recuperação desses créditos (à vista e a prazo) pelas esteiras do próprio Banco do Brasil e ainda agregou a expectativa de resultados futuros mediante compartilhamento de prêmios líquidos, sendo que os riscos são assumidos pelo Fundo adquirente".

A venda da carteira terá um impacto positivo no resultado financeiro do BB calculado em R$ 371 milhões, antes dos impostos, segundo a instituição.

Resultado do Banco do Brasil no Segundo Trimestre de 2020

O resultado da Banco do Brasil (BBAS3) no segundo trimestre de 2020 (2t20), divulgado no dia 06 de agosto, apresentou um lucro líquido de R$ 3,2 bilhões, queda de -23,7% em relação ao mesmo período do ano anterior.

A margem financeira bruta do Banco do Brasil atingiu R$ 14,5 bilhões no 2t20, apresentando alta de 8,2% na comparação com o 2t19.

O índice de basiléia do Banco do Brasil em junho de 2020, totalizou 18,7%, apresentando elevação de 0,9 ponto percentual na comparação com dezembro de 2019.

As ações do Banco do Brasil (BBAS3) acumulam queda de 5,74% na bolsa de valores nos últimos 7 dias e queda de 31,09% nos últimos 12 meses.

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Fonte:Estadão Conteúdo.