GLOSSARIO
Bandeiras Tarifárias
O que é Bandeiras Tarifárias. Entenda melhor o conceito de Bandeiras Tarifárias e descubra sua importância!
O que é Bandeiras Tarifárias
Bandeiras Tarifárias é um sistema implantado pelo governo em 2015 que serve para informar ao consumidor final a respeito do custo do consumo de energia.
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A origem desse sistema está relacionada à crise energética que aconteceu no Brasil por volta de 2013, quando por causa das secas os reservatórios de água ficaram abaixo da capacidade.
Portanto, a implementação das Bandeiras Tarifárias tem a intenção de deixar mais transparente ao consumidor se a energia que ele está consumindo está mais cara, ajudando-o no planejamento financeiro pessoal.
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Funcionamento das Bandeiras Tarifárias
Primeiramente é necessário entender que as Bandeiras Tarifárias não são uma penalidade direta a quem consome energia de forma irresponsável.
Na realidade, as Bandeiras Tarifárias são uma forma que as distribuidoras de energia encontraram para informar aos seus clientes a respeito do custo do serviço.
Quanto mais difícil for para as distribuidoras de energia de produzirem eletricidade, mais caro será o repasse desta para os clientes, o que será indicado na conta de luz.
Essa indicação, por sua vez, é representada pelas cores do semáforo, ou seja, verde, amarelo e vermelho. Cada cor indica um grau diferente de cobrança.
Por fim, as Bandeiras Tarifárias repassam ao indivíduo as consequências e o poder de decisão de um consumo de energia responsável ou não, informando-lhe quando o custo é maior.
Tipos de Bandeiras Tarifárias
Existem quatro tipos de Bandeiras Tarifárias que são cobrados ao consumidor. São elas:
- Bandeira verde: indica que a produção de energia está acontecendo de forma normalizada, não incidindo em qualquer alteração no custo para o consumidor;
- Bandeira amarela: indica que a produção de energia está menos eficiente do que o normal, e isso significa um acréscimo de R$ 0,01343 por cada quilowatt-hora usado;
- Bandeira vermelha - patamar 1: indica que a produção está ainda mais precária que na bandeira amarela, acrescentando R$ 0,04169 para cada quilowatt-hora consumido;
- Bandeira vermelha - patamar 2: a pior situação, quando a geração de energia está em crise, e isso significa um aumento de R$ 0,06243 para cada quilowatt-hora.
Apesar destes números parecerem pequenos, é preciso lembrar que as pessoas consomem dezenas e até centenas de quilowatts de energia por mês.
Bandeira vermelha
Quando as distribuidoras de energia aplicam bandeira vermelha, isso significa que a produção de energia está sendo muito dificultosa.
No Brasil, isso se deve a forma principal como se produz energia aqui: por meio de hidrelétricas. Isso significa que, quando não chove o suficiente, também falta energia.
Nestas situações, para manterem a distribuição de energia, as empresas são obrigadas a usarem termelétricas, que custam muito mais para serem operadas e causam mais poluição.
Ambientes de cobrança das Bandeiras Tarifárias
No Brasil existem duas formas de cobrar os consumidores sobre o uso da energia. Estas duas formas são separadas em dois “ambientes”.
- Ambiente de Contratação Reguladora (ACR): neste primeiro ambiente é onde ficam os clientes cativos, ou seja, aqueles que são atendidos pelas distribuidoras dentro do sistema de Bandeiras Tarifárias.
- Ambiente de Contratação Livre (ACL): neste segundo ambiente os seus usuários podem negociar livremente o uso da energia e firmar contratos no Mercado Livre de Energia.
A principal diferença entre os dois ambientes é o nível de liberdade que se tem para usar a energia que se paga.
No ACL, é possível negociar um preço pelo uso da energia, que será mantido inalterado mesmo que o custo da distribuidora aumente.
Impacto das Bandeiras Tarifárias
O principal impacto que as Bandeiras Tarifárias tiveram, foi fazer os consumidores perceberem a importância da economia de energia e sobre formas alternativas de consegui-la.
Hoje o mercado brasileiro de energia tem mais de 60% de sua energia abastecida por hidrelétricas, os outros métodos são pouco utilizados.
Portanto, o racionamento da eletricidade e a aquisição de aparelhos domésticos mais econômicos não são a única fonte de economia.
A energia solar, por exemplo, é uma alternativa que vem se tornando cada vez mais barata e acessível, e foi inclusive regulamentada pela Resolução Normativa 482 da ANEEL.