O que é Bandas Cambiais

Bandas Cambiais é uma política monetária utilizada pelo governo para conseguir controlar artificialmente o valor da moeda perante o mercado internacional.

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O controle do valor cambial acontece por meio de delimitações de valorização e desvalorização. Caso essas delimitações, que são as Bandas Cambiais, sejam ultrapassadas, o governo intervém.

Essa medida econômica possui suas vantagens e desvantagens, mas quase todos os países já usaram Bandas Cambiais objetivando uma maior estabilidade em sua moeda.

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Função das Bandas Cambiais

A função das Bandas Cambiais é estabelecer um teto e uma base de valor o qual a moeda de um país precisa se manter perante as moedas internacionais.

A forma como esse controle é efetuado se dá com o governo comprando ou vendendo moeda. No Brasil, o agente econômico responsável pela execução dessa medida é o Banco Central.

Por fim, existem alguns objetivos que se intenciona alcançar com o controle do valor da moeda, são estes:

  • Permitir uma maior estabilidade econômica;
  • Impedir ou controlar a inflação;
  • Como um complemento de uma série de outras medidas econômicas.

No Brasil, as Bandas Cambiais foram utilizadas entre 1995 e 1999 como uma forma de fazer a manutenção da estabilidade de preços internos. Um complemento ao sucesso do Plano Real.

Tipos de Bandas Cambiais

As Bandas Cambiais são subdivididas em dois tipos, a banda unilateral e as bandas bilaterais. A diferença entre ambas é uma questão estrutural.

Bandas Cambiais Unilaterais

A banda unilateral diz respeito a um limite de Bandas Cambiais apenas para mais ou para menos. Ou seja, existe apenas uma banda, referente à valorização ou desvalorização.

A implementação de uma banda unilateral depende muito da estratégia. Se o limite for para o máximo, isso significa que o principal objetivo da política econômica é impedir a inflação.

Caso a banda unilateral seja para estipular um valor mínimo, a intenção pode ser não permitir que a economia se desaqueça.

Bandas Bilaterais

As Bandas Cambiais bilaterais são do tipo mais comum, que acontecem quando existe um limite tanto para o máximo quanto para o mínimo da valorização da moeda.

Muitas vezes esse tipo de banda pode acabar sofrendo reajustes ao longo do tempo, ou seja, o valor máximo e o mínimo acaba mudando para refletir uma outra realidade.

O custo das Bandas Cambiais

É necessário compreender que fazer uso de Bandas Cambiais requer uma ativa manutenção e compromisso do governo com a compra e venda da moeda.

O governo precisa ter saldo em caixa para praticar essa medida econômica durante muito tempo. E por mais que existam boas intenções, as Bandas Cambiais são uma ferramenta intervencionista.

O problema de se intervir na economia e forçá-la agir de uma forma não natural para alcançar um objetivo específico, são as consequências adversas que isso pode causar.

Se o objetivo das Bandas Cambiais é controlar o preço das coisas, é necessário ter em mente que a sua utilização pode acabar desregulando e fragilizando a economia do país.

Controlar o preço do câmbio é ir contra a lei da oferta e demanda. E uma vez que o governo não consegue mais manter o câmbio artificialmente, a inflação retorna.

Outros regimes cambiais 

As Bandas Cambiais, no entanto, não são o único regime cambial que pode ser utilizado para lidar com o câmbio. Existem pelo menos mais duas, o câmbio flutuante e o câmbio fixo.

O câmbio flutuante é uma taxa de câmbio que varia de acordo com o mercado. Na teoria existe pouca ou nenhuma intervenção do estado.

o câmbio fixo trata-se de uma taxa de câmbio estática que o governo define e que não deve ser alterada. Geralmente trata-se de uma decisão econômica temporária.